Paraguaios

Invasões já custaram R$ 600 milhões ao Oeste, afirma presidente da FAEP

Ainda não acabou a invasão das terras
Conheça a ocupação da Fazenda Brilhante por invasores paraguaios e as consequências para o proprietário e para a região - Foto: Arquivo


Terra Roxa – A crescente onda de violência registrada em áreas invadidas por paraguaios, que se dizem indígenas, trouxe à Região Oeste o presidente interino do Sistema Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Ágide Eduardo Meneguette. Ele participou de encontros nos municípios de Toledo, Assis Chateaubriand, Palotina, Nova Santa Rosa, Marechal Cândido Rondon e Terra Roxa. Ao falar para imprensa, o presidente interino da Faep disse que os prejuízos estimados atribuídos às invasões, e tomando por base o VBP dos municípios atingidos, chega a R$ 600 milhões.

Em Terra Roxa, Ágide Eduardo Meneguette se reuniu com uma comissão de líderes rurais, entre os quais o proprietário da Fazenda Brilhante, Jean Paulo Rodolfo Ferreira. Meneguette disse que a federação tem atuado em várias frentes com o objetivo de encontrar uma solução para esse impasse de mais de quatro décadas na região. “Todo nosso corpo jurídico está disponível para colaborar no que for preciso no sentido de dar suporte às questões legais que envolvem essas invasões desmedidas cometidas por paraguaios que se dizem indígenas”, disparou.

O trabalho desenvolvido pela Faep ainda alcança a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) e a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). “Ao que tudo indica, essas invasões são orquestradas. Já foi comprovado que esses ditos indígenas são paraguaios e falam guarani”, afirmou. “É uma questão preocupante. Eles invadem a propriedade e forçam a desapropriação da área para uma possível venda”, comenta. Para ele, o correto é fazer a retirada dos invasores da propriedade para somente depois dar início ao processo de desapropriação e venda da área.

Durante visita à área invadida, o proprietário da Fazenda Brilhante resumiu a situação dos produtores rurais: “A gente fica atado [de mãos atadas] e a gente só vê a coisa (invasão) crescer. Só quem sofre a invasão sente o que é ser invadido e a impotência que é”.

Prejuízos

Os prejuízos são consideráveis, na visão do líder ruralista. Desde econômicos à impossibilidade de realizar o plantio na propriedade. “Quem vai ressarcir o produtor? O Governo federal?”, indaga. Ágide Eduardo Meneguette voltou a citar o risco fitossanitário para o Paraná e o Brasil. Inclusive, o assunto já foi explorado pela reportagem do Jornal O Paraná em recente publicação.

“Temos o status sanitário para exportação e imagine uma catástrofe dessas, em que o rebanho seja contaminado por ditos invasores que não estão preocupados com o que pode acontecer com o Brasil, no que tange a esse assunto”.  Ele continua: “Como vamos explicar aos mercados internacionais que não é nossa culpa, mas, sim, de invasores de terras brasileiras”.