BRASÍLIA – A alteração da nota do Brasil de negativa para estável pela agência de risco Moody´s foi comemorada nesta quarta-feira pelo governo. O presidente Michel Temer, por meio de nota, disse estar satisfeito com o reconhecimento dos esforços do governo brasileiro em recuperar a credibilidade da economia:
? O presidente manifesta sua satisfação com o reconhecimento pela agência Moody’s dos esforços do governo para recuperar a credibilidade da economia, reduzir a inflação e retomar o crescimento?, diz nota da assessoria presidencial.
Em nota, o Ministério da Fazenda destacou que a alteração foi um reconhecimento importante dos esforços do governo na área fiscal e na realização de reformas estruturais. No texto, a Fazenda destaca que o governo está comprometido com uma agenda que permita a retomada do crescimento econômico:
? O governo federal reafirma o seu compromisso com a recuperação econômica, marcado pelo esforço na aprovação de reformas estruturais, com o objetivo de garantir a sustentabilidade das contas públicas, além de contribuir para a melhora do ambiente de negócios e aumento da produtividade?.
Ainda segundo a pasta, a Moody´s levou em consideração o fim da acentuada contração do PIB (Produto Interno Bruto), combinado com a queda de juros e a convergência da inflação para a meta, o que configura um cenário mais positivo para a economia. A agência também considerou a melhora no ambiente político, o que cria um cenário mais favorável para a aprovação das reformas.
No entanto, caso a Fazenda destaca que, caso haja algum retrocesso que comprometa esse processo, a nota brasileira voltará a ficar em risco:
?A perspectiva estável da nota de crédito incorpora a expectativa de aprovação das reformas. Segundo a Moody´s, a possibilidade de elevação da nota está condicionada à retomada do crescimento ou à aceleração da consolidação fiscal. Por outro lado, o eventual retrocesso no desempenho institucional ou retorno de uma disfunção política que comprometa a efetivação das reformas, em particular a reforma da Previdência, representaria um risco para a nota soberana brasileira?.