NOVA YORK ? Um juiz federal ordenou que o ator Leonardo DiCaprio deponha num processo por difamação apresentado por um ex-executivo da Stratton Oakmont sobre a maneira como a qual ele foi supostamente representado no filme ?O Lobo de Wall Street?, de Martin Scorcese.
O juiz Steven Locke, de Nova York, afirmou na quinta-feira que DiCaprio deve estar disponível para questionamentos. A decisão foi criticada pela Paramount Pictures e pela Appian Way Productions, de DiCaprio, entre outros acusados.
O autor do processo, Andrew Greene, entrou em 2014 com a ação em que pede mais de US$ 50 milhões, alegando ter sido difamado no filme pela interpretação do ator P. J. Byrne de um personagem com desvios éticos e morais chamado Nicky Koskoff.
A Paramount afirmou que Koskoff foi um ?personagem composto? inspirado em vários indivíduos, entre eles Greene. DiCaprio, de 41 anos, fez o papel de Jordan Belfort, um trapaceiro que fundou a Stratton Oakmont. O livro de memórias de de Belfort, de 2007, serviu como base do filme. Greene é um amigo de infância de Belfort.
Ao se opor ao questionamento, os advogados disseram que DiCaprio não escreveu o roteiro e que não havia nenhuma alegação de que ele teve qualquer influência na decisão de incluir ou não o conteúdo supostamente difamatório no filme.
Os advogados de Greene afirmaram que eles já haviam questionado Scorcese e o roteirista Terence Winter, e que ambos testemunharam que eles se encontravam regularmente com DiCaprio para discutir o roteiro.
Louis Petrich, advogado dos acusados, não quis fazer comentários.