RIO ? Após determinação da juíza titular da 2ª Vara da Infância, Juventude e Idoso da Capital, Glória Heloíza Lima da Silva, uma equipe técnica do juízo, formada por assistentes sociais e psicólogos, acompanhados de conselheiros tutelares, compareceram à sede da Secretaria estadual de Educação, no Santo Cristo, região central do Rio, na noite desta terça-feira. O local está ocupado por estudantes desde o fim da manhã de segunda-feira. O objetivo da diligência era averiguar nominalmente os integrantes do ato, realizado por muitos adolescentes, e dos pais dos mesmos, para que seja elaborado um relatório com eventual risco e vulnerabilidade.
A determinação da magistrada ocorreu ainda na noite desta terça-feira. Na mesma decisão, a juíza determinou que o secretário estadual de Educação, Wagner Victer, não promova qualquer ato para a desocupação do espaço até que a audiência sobre o caso, agendada para esta quarta-feira, às 13h, seja realizada.
Ainda na decisão, a juíza reitera que uma eventual desocupação da sede da Seeduc não seja realizada com o uso desproporcional de forças.
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“Deve ser adotado um protocolo de condutas pacíficas em conjunto com as polícias, Comissariado da Infância e Juventude, Conselho Tutelar, Ministério Público, Defensoria Pública, além do apoio de Assistentes Sociais e Psicólogos, a fim de resguardar a integridade física e emocional das crianças e adolescentes presentes?, afirma a juíza na decisão.
Durante a madrugada desta quarta-feira, o clima era pacífico na sede da secretaria: apoiadores do movimento permaneciam do lado de fora do imóvel; e os estudantes continuavam no interior do espaço ocupado. Ao menos duas patrulhas da Polícia Militar reforçavam a segurança no local.
Na madrugada do dia 21 de maio, policiais do Batalhão de Choque tiraram à força os estudantes que ocupavam o mesmo prédio. A sede da secretaria havia sido ocupada na tarde do dia anterior. Houve bastante tumulto na ação que ocorreu pouco depois das 4h daquele dia. Na ocasião, ao menos dois adolescentes desmaiaram.
