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Varejão e Leandrinho, coadjuvantes em busca do título na NBA

2016 913127461-gettyimages-535947084.jpg_20160531.jpgEles têm sido mais vistos quando comemoram as cestas de seus companheiros, quase sempre Stephen Curry ou Klay Thompson, giram toalhas ou fazem o famoso ?high-five? (cumprimento com a mão aberta). Os brasileiros Leandrinho e Anderson Varejão podem não ser os destaques individuais dos Golden State Warriors, que começam a lutar pelo bicampeonato a partir desta quinta-feira, mas fazem história na NBA, especialmente o pivô capixaba.

Varejão vive a inédita situação na liga de ter virtualmente garantido seu anel de campeão, o ?troféu? individual que fica com cada jogador campeão da NBA, antes mesmo da final. Hoje no Warriors, ele iniciou a atual temporada pelo adversário da decisão, os Cleveland Cavaliers. Caso saia campeã, caberá à franquia decidir se o ex-jogador merece a premiação. Como é ídolo em Cleveland, há de se esperar que o reconhecimento aconteça.

? Não sei como vai ser voltar a Cleveland. Com certeza, vai ser uma série em que vou viver muitas emoções diferentes ? disse ontem Varejão, que voltará à cidade para o terceiro jogo da final, na quarta-feira da semana que vem. ? Não sei como a torcida vai me receber, como vai reagir, tenho que me preparar mentalmente para tudo isso. Vai ser muito forte.

Nos últimos momentos do fechamento da janela de transferência, em fevereiro, ele foi para o Portland Trail Blazers e, em seguida, dispensado. A saída de Cleveland, onde é ídolo, foi traumática. Um vídeo do menino Geo Kerechanin, de 5 anos, chorando a saída de Varejão viralizou na internet ? ele publicou um novo vídeo para os playoffs em que parece já ter superado o trauma.

POUCOS MINUTOS EM QUADRA

Com grande histórico de lesões, inclusive uma ruptura no tendão de Aquiles que o tirou das finais do ano passado, Varejão foi cortado para diminuir a folha salarial do Cavaliers (seu vencimento anual quase chega aos US$ 10 milhões). Nesta temporada, ele havia feito apenas 31 jogos, com média de 10 minutos e 2,6 pontos por partida pelo time de Lebron James.

Se a mudança era vista pelo técnico da seleção Rubén Magnano como uma chance do jogador ganhar mais tempo de quadra, o tiro saiu pela culatra. Em Oakland, onde encontrou um time com estilo definido, o pivô de 33 anos tem sido ainda menos aproveitado. Foram 33 jogos, com média de 6,6 minutos e 2,1 pontos por partida. Na vitória por 96 a 88 sobre o Oklahoma City Thunder no último domingo, atuou em apenas dois minutos, mas, com dois pontos e duas assistências, deixou o gostinho de que poderia ser mais utilizado.

Um dos dois brasileiros que já têm um título da NBA (o outro é Tiago Splitter), Leandrinho é visto com um pouco mais frequência em quadra. Conta a seu favor o fato de já estar na segunda temporada com o Warriors e, aos 33 anos, ser visto como um ala experiente. Ao mesmo tempo que seu estilo veloz casa bem com a forma de jogar do time de Steve Kerr, suas constantes infiltrações dão uma opção de variação ao treinador. Na série decisiva contra o Thunder, Leandrinho teve média de 6,1 minutos e 2 pontos por jogo.

Convocação no feminino

Nesta terça-feira, o técnico Antonio Carlos Barbosa convocou 18 jogadores que iniciarão os treinos para os Jogos do Rio. A apresentação será quinta-feira, em Campinas. Seis atletas serão cortadas. A equipe masculina será anunciada na próxima semana.