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Fluminense perde gols e empata com o Atlético-MG

26799021594_95fa6c8d56_k.jpgBELO HORIZONTE – Não é justo dizer que o Fluminense jogou mal. Tampouco é correto dizer que, na matemática do Campeonato Brasileiro, um empate com o Atlético-MG, em Belo Horizonte, seja um resultado ruim. A questão é que as circunstâncias permitiam mais do que o 1 a 1 desta quarta-feira, no Independência.

Diante de um rival com um time inteiro de jogadores indisponíveis, entre convocados para seleções e lesionados, o jogo apresentou chances para o Fluminense vencer. Quem tem aspirações maiores no campeonato precisa de resultados assim.

Se há pouco tempo o técnico Levir Culpi dizia tentar entender a real característica do Fluminense que dirige, aos poucos fica claro que a velocidade é o melhor caminho para o time. O Fluminense tem mais facilidade nas soluções rápidas do que cadenciado, trocando passes pacientemente. Assim viveu seus melhores momentos ontem.

O time praticamente começara perdendo o jogo, ao sofrer um gol no segundo minuto, em cabeçada de Tiago após bater Henrique pelo alto. Mas foi aí, quado o natural seria precisar da paciência diante de um rival fechado, que o Fluminense cresceu. Adiantou a marcação, conseguia desarmar na intermediária e arrancar para o gol. Um exemplo é Richarlison, muito melhor quando explora a corrida e o drible, o duelo individual contra o marcador, do que nos momentos em que precisa elaborar jogadas.

Foi em três toques que Fred, Cícero e Scarpa construíram o gol de empate, marcado por este último, a 15 minutos do fim do primeiro tempo. Quando o Fluminense era melhor. Tanto que, um minuto depois, Richarlison criou lance que Fred quase transformou na virada.

chances dos dois lados

Havia um caminho traçado para o Fluminense conseguir a virada. Marcelo Oliveira, técnico do Atlético-MG há apenas quatro jogos, buscava adiantar a linha de zagueiros sempre que o time se preparava para atacar. Como o trabalho é recente, e a estratégia, arriscada, a cada retomada de bola tricolor surgiam generosas porções de campo às costas dos defensores rivais. A imprecisão no passe em profundidade, ora de Douglas, ora de Cícero ou de Richarlison, impedia a construção de jogadas de gol.

Levir Culpi ainda tentou colocar Osvaldo, para tentar explorar as laterais da defesa rival. Não funcionou tanto, já que a participação ofensiva do substituto no jogo foi menor. Ainda assim, num lance em que surgiu na área, Osvaldo perdeu grande chance de fazer o gol da virada, aos 35.

O jogo se tornara uma frenética troca de golpes e contragolpes a esta altura. Mesmo com Fred extenuado em campo, Levir Culpi só lançou Magno Alves e Marcos Júnior perto do fim, sacando o centroavante e Gustavo Scarpa. Quase deu certo. Nos acréscimos, Magno Alves desperdiçou incrível chance de desempatar.