RIO – Com a paralisação dos serviços de necropsia no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto (IML), que fica na Avenida Francisco Bicalho, na Leopoldina, sete profissionais da unidade estão atuando na unidade de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Eles fazem necropsias de dez corpos que foram encaminhados para lá.
A equipe transferida conta com dois técnicos de necropsia, um médico legista, um papiloscopista e dois funcionários administrativos. Mesmo com esse reforço, existe a possibilidade de alguns corpos retornarei para o IML do Rio, onde há cerca de 200 geladeiras, enquanto no IML de Campo Grande há apenas 36.
Uma das pessoas que precisaram se deslocar para o IML de Campo Grande foi Larissa Otaciano Reis da Silva, de 26 anos, além de irmãos e tios. A mãe dela, Luciene Otaciano de Oliveira, de 42 anos, foi atropelada na tarde de terça-feira na Avenida Presidente Vargas, próximo à Avenida Passos, no Centro. Levada para Hospital municipal Souza Aguiar, a mulher morreu durante uma cirurgia.
Na manhã desta quarta-feira ao chegarem no IML da Leopoldina, parentes de Luciene foram informados da transferência do corpo para Campo Grande.
Acho um absurdo uma situação dessa, desesperadora. Uma falta de consideração com a família que já está sofrendo e precisa sofrer ainda mais com todo esse transtorno lamentou Larissa que, junto com parentes, aguardavam a liberação do corpo da mãe para ser sepultado no Cemitério do Catumbi.
Nesta terça-feira, por causa da paralisação no serviço de necrópsia, seis famílias enfrentavam um drama no IML do Centro até a chegada de Thiago Lacerda. O instituto havia informado que não liberaria mais nenhum corpo e estava prestes a anunciar aos familiares para quais unidades do IML os cadáveres seriam encaminhados.
Com a chegada do ator, por volta das 15h40m, para liberar o corpo de um tio, tudo mudou. O diretor do IML, Reginaldo Franklin Pereira, reuniu todos os presentes para informar que ele mesmo ajudaria nos procedimentos e agilizaria a liberação dos corpos até o fim do dia.