BRASÍLIA – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta terça que a arrecadação dos quase 500 mil candidatos a prefeitos e vereadores nestas eleições sofreu uma queda de 48%, se comparado com o pleito de quatro anos atrás. Neste ano, os candidatos arrecadaram ao todo R$ 2,5 bilhões; em 2012, o montante foi de R$ 5,3 bilhões. O percentual de participação de pessoas físicas mais que dobrou se comparado com as eleições de 2012. Este ano, as doações de cidadãos atingiu 45% do total, ou R$ 1,160 bilhão. Em 2012, esse valor foi de R$ 1,145 bilhão. Não alterou tanto, se comparado um valor com outro. Os números não estão corrigidos pela inflação.
Para o tribunal, duas razões podem explicar essa queda de arrecadação dos candidatos: a proibição de doações de empresas para candidatos e a redução à metade do período de campanha, de 90 para 45 dias. O TSE informou ainda que os partidos políticos doaram bem menos que há quatro anos. Em 2016, as legendas destinaram a seus candidatos R$ 540,6 milhões, contra R$ 1 bilhão em 2012.
Um dado deste ano, pelo menos, supera 2012: as doações feitas pela internet. Nessa modalidade, os candidatos arrecadaram R$ 1,2 bilhão em 2016. Em 2012, esse valor foi de R$ 509 mil. Mas o desembolso dos próprios candidatos para suas campanhas caiu este ano: de R$ 847,5 milhões (2012) para R$ 752,1 milhões (2016).