Entenda a ausência do Conselho Tutelar em casos de homicídio envolvendo menores e sua implicação na investigação em Cascavel - Foto: Luiz Felipe Max
Entenda a ausência do Conselho Tutelar em casos de homicídio envolvendo menores e sua implicação na investigação em Cascavel - Foto: Luiz Felipe Max

Cascavel e Paraná - Durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (13), a Delegacia de Homicídios de Cascavel voltou a chamar atenção para a ausência do Conselho Tutelar em situações que envolvem menores de idade.

O caso mais recente ocorreu durante a investigação da morte de um homem espancado a pedradas no Bairro Periolo, na madrugada de sábado (12) para domingo (13).

Segundo o delegado responsável, o Conselho foi acionado para acompanhar o depoimento de uma adolescente de 14 anos, ligada ao caso, mas não compareceu. Diante da omissão, um policial civil precisou ser nomeado para acompanhar a oitiva da menor — função que, por lei, é do Conselho Tutelar.

A adolescente mantinha um relacionamento com o suspeito do crime, um homem de 22 anos preso em flagrante. O episódio reacendeu críticas à falta de atuação do Conselho, especialmente em casos graves envolvendo menores, como violência doméstica ou sexual.

O delegado afirmou que situações como essa são recorrentes em Cascavel. Mesmo diante de emergências, a ausência do Conselho Tutelar tem sido constante, contrariando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A falta de atuação efetiva preocupa as autoridades, que reforçam a importância do acompanhamento especializado para garantir o suporte psicológico e social às vítimas.

Números da violência em Cascavel até o momento:

  • 38 homicídios
  • 4 feminicídios
  • 3 latrocínios
  • 1 infanticídio

Informações: SOT