OPERAÇÃO SEM DESCONTO

Corrupção no INSS pode somar R$ 90 bilhões e Lula esbanja em viagens

Saiba como as investigações sobre as fraudes no INSS impactaram a liberação de empréstimos consignados em 2023 - Foto: Reprodução
Saiba como as investigações sobre as fraudes no INSS impactaram a liberação de empréstimos consignados em 2023 - Foto: Reprodução

Brasil - As investigações das fraudes no INSS avançaram e chegaram a irregularidades nos empréstimos consignados e as cifras podem chegar à casa dos R$ 90 bilhões. A Polícia Federal apura a liberação indevida de crédito a aposentados e pensionistas, com possível participação de outros órgãos, como a Dataprev, empresa de tecnologia e informações da Previdência Social.

Só em 2023, o volume de empréstimos consignados liberados chegou a R$ 89,5 bilhões. De acordo com o portal G1, uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) constatou que, no primeiro ano do Governo Lula 3, foram registradas 35 mil reclamações de empréstimos liberados indevidamente, inclusive sem nenhuma solicitação por parte dos beneficiários.

A primeira fase da operação estimou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões, referente a descontos ilegais na folha de pagamento de mais de 4 milhões de aposentados e pensionistas, entre 2019 e 2024.

Mais pressão

A crise no INSS derrubou o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e fez com que o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pedisse demissão. Ele deixou o cargo depois da repercussão negativa e da forte pressão por sua saída. “Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações”, afirmou, em nota.

Lupi alegou que “todas as áreas da Previdência” e os “órgãos de controle do governo Lula” apoiaram as investigações. No lugar dele, Lula convidou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, que era secretário-executivo de Lupi na Previdência.

Além da troca de nomes, Lula prometeu agilidade na devolução do dinheiro às vítimas da fraude que tem sindicato onde o irmão mais velho de Lula, o ‘Frei Chico’, é vice-presidente. Ontem (5), o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, afirmou que vai apresentar até a próxima semana o plano para a devolução dos valores.

Reprovação

Com sua desaprovação em alta recorde, Lula buscou várias medidas populistas para reverter a situação, incluindo a mudanças da sua equipe de governo, a começar pelo comando da comunicação do governo. Lula ainda ampliou a distribuição gratuita de remédios e propôs aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Porém, o mega escândalo do INSS voltou a derrubar a aprovação do governo, já que a corrupção chegou aos aposentados e pensionistas, ou seja, idosos em condição bastante fragilizada.

Farra das viagens

Enquanto a população brasileira aguarda uma resposta sobre as fraudes no INSS, que contando com os “empréstimos consignados” podem chegar a R$ 90 bilhões, o casal Lula/Janja tem nova “agenda turística” neste início de maio, batendo novo recorde de gastos com viagens internacionais. A primeira-dama, Janja Lula da Silva chegou sábado (3) a Moscou, cinco dias antes da comitiva do presidente Lula que deve desembarcar na Rússia na quinta-feira (8).

Lula tem convite oficial do presidente Vladimir Putin para participar do “Dia da Vitória Soviética”, 9 de maio, data em que as tropas aliadas derrotaram os países do “Eixo” na 2ª Guerra Mundial. Janja terá uma semana de “eventos” que incluem o Teatro Bolshoi, o Museu Hermitage, a Catedral do Sangue Derramado e a Fábrica de Porcelana Imperial, além de “compromissos” com a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.

R$ 789,1 milhões em três meses

De acordo com levantamento do Portal Poder 360,  no 1º trimestre de 2025. A alta real –descontada a inflação– foi de 29,1% ante o mesmo período em 2024, quando os gastos totalizaram R$ 611 milhões. O valor registrado nos 3 primeiros meses de 2025 é o maior na série histórica, iniciada em 2011. Os dados são do Tesouro Nacional e estão disponíveis no relatório do resultado primário de março de 2025.

Somente com diárias, o governo Lula gastou R$ 449,1 milhões de janeiro a março de 2025. O valor representa uma alta de 26,1% ante o mesmo período em 2024 e supera o recorde anterior, registrado em 2014, sob a presidência de Dilma Rousseff (PT): R$ 417,5 milhões.

Já com passagens e locomoção, o custeio atingiu R$ 340 milhões no 1º trimestre deste ano – alta de 33,4% em relação ao mesmo período em 2024. Ficou acima do patamar anterior, também sob Dilma (R$ 311,3 milhões).

Ainda segundo o levantamento, no 1º trimestre de 2022 para 2023, na passagem de Bolsonaro para Lula, houve uma alta de 85,7%. Os dados mostram uma trajetória crescente dos gastos com diárias e passagens aéreas sob o petista.