Três estados brasileiros têm a sua eliminatória paralela em busca de receber a seleção nos dois próximos jogos em casa pela qualificatória para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.
No cenário de hoje, Rio de Janeiro e Porto Alegre seriam os escolhidos, com Brasília correndo por fora, no ?banco de reservas?, como disse uma fonte, em caso de emergência.
O Maracanã é o preferido da comissão técnica para fechar a empolgante campanha da equipe do técnico Tite. Seria contra o Chile, em 10 de outubro, na volta da partida fora de casa, com a Venezuela.
Antes, a seleção abriria a próxima série de dois jogos em Porto Alegre, no dia 31 de agosto, contra o Equador. Mas, como ainda não há definição, a ordem poderia ser invertida.
Após os Jogos Olímpicos, quando o Brasil conquistou o seu ouro inédito, Tite ficou impressionado com a atmosfera do Maracanã. Já havia, naquela ocasião, a decisão de trazer os os próximos jogos da seleção para a região Sudeste, o que de fato aconteceu contra a Argentina (Mineirão) e agora Paraguai (Itaquerão).
BOM MOMENTO AJUDA
O bom momento da equipe seria ideal para jogar no Rio, uma cidade que sempre manteve uma postura crítica nas arquibancadas. Na última vez em que atuou no Maracanã pelas eliminatórias, em outubro de 2008, o então técnico Dunga já estava sendo vaiado com 15 minutos de partida. Naquele 0 a 0 com a Colômbia, diante de 46.210 pagantes, a seleção chegaria pela primeira vez na história da competição ao terceiro jogo seguido sem vitória.
A última vez da seleção principal no Maracanã foi na final da Copa das Confederações, em 2013, nos 3 a 0 sobre a Espanha.
Como o jogo desta rodada em casa será em São Paulo, terça-feira, contra o Paraguai, a cidade está descartada no futuro dentro de um rodízio proposto pela CBF.
Oficialmente, a entidade diz que ?não há, até o momento, a definição de quais estádios receberão os jogos da seleção nas próximas rodadas. A comissão técnica trabalha neste momento com a rodada das eliminatórias e em seguida prevendo os jogos de junho? (amistosos em Melbourne contra a Argentina, dia 9, e Austrália, dia 13).
Nos bastidores, o trabalho é feito para garantir que não haveria problemas na escolha do Maracanã. Com a recente desistência da GL Events, o grupo Lagardère segue interessado na compra da concessão.
Caso o governo do Estado aprove a venda, feita por parte da Odebrecht, gestora da Maracanã S.A. até a data do jogo, a CBF teria que negociar diretamente com o grupo francês.
Por outro lado, se agir nos próximos dias e fechar com a Odebrecht um contrato nos moldes dos realizados com Flamengo, na Libertadores, e Fluminense, na Sul-Americana, o acordo teria que ser mantido pelo próximo gestor, confirmou uma fonte ligada à Odebrecht.
FLA E FLU COMO EXEMPLO
A empresa garante o estádio aberto e em perfeito funcionamento. O valor do aluguel dependeria de negociação, como fez a dupla Fla-Flu. Com base no que fechou o rubro-negro para a partida do próximo dia 12, contra o Atlético-PR, na Libertadores, o valor mínimo do aluguel seria de R$ 700 mil.
Para este jogo com o Paraguai, a CBF estipulou um preço de R$ 200 para o ingresso mais barato. As demais faixas : R$ 300, R$ 400, R$ 500 e os chamados setores premium, de R$ 700 a R$ 1 mil (camarote). A carga total foi de 46.837 e 31 mil foram vendidos em um dia. Brasil x Argentina, no Mineirão, teve renda de R$ 12,7 milhões, segunda maior do país, atrás da final da Liberadores, entre Atlético-MG e Olimpia-PAR, no mesmo estádio: R$ 14 milhões.
A seleção também atuou nestas eliminatórias no Castelão, em Fortaleza, na Fonte Nova, em Salvador, na Arena de Pernambuco, em Recife, na Arena da Amazônia, em Manaus, e Arenas das Dunas, em Natal.