De acordo com estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde), até 2050 haverá cerca de 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos. Estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que, nesse período, os idosos serão quase 30% da população do Brasil, equivalendo a 66,5 milhões de brasileiros.
Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, não é de admirar que a HPB (Hiperplasia Prostática Benigna) deva ter sua incidência e prevalência incrementada nos próximos anos. Uma previsão da OMS indica que a HPB acometerá, até essa época, cerca de 80% dos homens acima dos 50 anos.
Mas, o que é a HPB?
A próstata é uma glândula presente no organismo masculino, do tamanho de uma noz e responsável pela produção do líquido seminal. Por volta dos 45 anos, ela tende a aumentar naturalmente de tamanho, no que se chama Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB).
Apesar de frequente, essa condição prejudica a qualidade de vida do homem, afetando sua rotina e também a vida sexual.
O professor Francisco Cesar Carnevale, médico do Criep (Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa), destaca que dados recentes da OMS sugerem que a HPB ocorra em um quarto dos homens com 50 anos de idade; em um terço daqueles com 60 anos e em metade dos que têm 80 anos ou mais.
Dentre seus principais sintomas, estão a dificuldade para urinar, a necessidade frequente e urgente de urinar, o aumento da micção noturna, a constante sensação de não esvaziamento completo da bexiga, entre outros.
Tratamento
Considerada uma doença, por conta das consequências que traz para o bem-estar do paciente, a HPB pode ser tratada por meio de um método minimamente invasivo: a chamada Embolização das Artérias Prostáticas (EAP), realizada por via endovascular para reduzir o fluxo de sangue da glândula. “O procedimento é reconhecido como opção segura e eficaz”, garante o médico Francisco Cesar Carnevale.
Pioneiro no desenvolvimento dessa técnica, o médico conta que o procedimento é feito com anestesia local e o paciente recebe alta algumas horas após a intervenção. “O objetivo é diminuir o volume e alterar a consistência da próstata, tornando-a mais macia. Os resultados são muito satisfatórios: Já tratamos mais de 400 pacientes e a taxa de sucesso ficou entre 90 a 95%”, conclui o médico.
Mais informações: www.criep.com.br