POLÍTICA

De olho em 2026, Ratinho Jr destaca índices da segurança do Paraná para PMs do Brasil

Segurança pública no Paraná atinge melhores índices dos últimos 17 anos. Confira os avanços e as políticas do governador Ratinho JuniorB - Ari Dias/AEN
Segurança pública no Paraná atinge melhores índices dos últimos 17 anos. Confira os avanços e as políticas do governador Ratinho JuniorB - Ari Dias/AEN

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD) reforçou ontem (26), os avanços dos números da segurança pública do Paraná, durante a abertura da 3ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares, realizada em Foz do Iguaçu.

O evento, que reúne comandantes das PMs de todo o Brasil, serviu de palco para Ratinho Junior não apenas exaltar os resultados do Paraná na área de segurança, mas também para consolidar sua imagem com políticas públicas eficazes, buscando pavimentar o caminho rumo a uma possível candidatura nacional em 2026.

Ratinho destacou que, além do bom ambiente econômico vivido pelo Paraná nos últimos anos, a segurança pública também tem atingido bons índices, fruto do aumento no orçamento para a área desde 2019. “O Paraná está com os menores índices de criminalidade dos últimos 17 anos. Nós diminuímos pela metade o número de roubos, reduzimos os homicídios e isso é fruto de um grande trabalho das nossas polícias Militar, Civil, Científica e Penal, todas elas integradas. Além do orçamento, que saiu de R$ 2,3 bilhões em 2019 para quase R$ 8 bilhões em 2025”, afirmou.

Ratinho Junior, que tem ampliado sua projeção nacional, utilizou o evento para sublinhar que o sucesso do Paraná em segurança pública não é apenas local, mas um modelo que pode inspirar outros estados.

Dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública mostram que o Paraná continua avançando no combate à criminalidade. Entre janeiro e setembro de 2024, por exemplo, houve queda de 8,81% na taxa de homicídios dolosos, redução nas tentativas de homicídio, com queda de 11,07%, menos estupros (queda de 6,8%), e redução de 29,5% em roubos de veículos e de 13% em furtos de veículos.

Diferenças regionais

O secretário estadual de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, ressaltou que o encontro representa mais de 400 mil policiais militares, o que corresponde a 80% da segurança pública no País. “Estamos passando por uma reformulação das nossas legislações, a exemplo da PEC da Segurança Pública, então tudo isso precisa de muito cuidado. Temos muita discussão e muita tratativa entre os governos, polícias, secretários, para que realmente se aproveite essa oportunidade. Já que temos a previsão de uma PEC para a segurança pública, que a gente consiga sugerir e apresentar pontos favoráveis para cada região do nosso País”, explicou.

A PEC da Segurança Pública foi apresentada pelo governo federal no final de outubro e prevê mudanças em competências das Polícias Federal e Rodoviária Federal, inclusão de um Sistema Único de Segurança Pública na Constituição Federal, e constitucionalização do Fundo Nacional de Segurança Pública e Política Penitenciária.

Na última semana, durante o 12º encontro do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste), os sete governadores demonstraram preocupação sobre a proposta que, se aprovada, trará alterações significativas na segurança pública no Brasil, gerando uma série de incertezas. A PEC pode enfraquecer os Estados e reduzir a capacidade de ação rápida e adequada às necessidades locais.

Os governadores defendem que “a segurança pública deve ser construída com base na colaboração, no respeito às diferenças regionais e no fortalecimento das capacidades locais, e não por meio de uma estrutura centralizada que limita a eficiência e amplifica a burocracia”, diz um trecho da Carta de Florianópolis, cidade que sediou a reunião do Cosud.

Durante o evento, o governador recebeu a Medalha de Mérito do Comando-Geral, concedida pelo comandante-geral da Polícia Militar do Paraná a integrantes da corporação e a personalidades civis que demonstram dedicação, competência e contribuição significativa ao cumprimento da missão institucional. Também foram entregues medalhas para os comandantes-gerais dos 26 estados e do Distrito Federal.

Mudança na Execução Penal

Reforçando discurso que tem adotado há tempo, o governador Ratinho Junior defendeu o maior rigor nas penas e mudança da lei de Execuções Penais. “Fizemos uma sugestão ao Congresso Nacional para mudança da lei de execução penal. O problema do Brasil não é prender bandido, as polícias prendem todos os dias; o problema é soltar bandido. A nossa lei é uma lei fraca: uma lei ‘mamão com açúcar’ para bandido”, disparou o governador.

Segundo ele, a proposta dos governadores do Sul e Sudeste, através do Cosud, presidido atualmente pelo governador do Paraná, “é ter leis mais duras para os bandidos; não é possível que uma pessoa que mata alguém pega 8 anos de prisão, mas com um ano já está liberado”. E ratificou: “o problema não é prender bandido porque isso a polícia faz todos os dias, o que precisamos é ter leis mais severas, mais pesadas contra os criminosos”.