BRASÍLIA – Após dois dias de reunião em Brasília, os governos do Brasil e da Argentina fecharam o novo acordo automotivo comum, que vai vigorar por mais quatro anos. Segundo informou neste sábado o Ministério do Desenvolvimento (MDIC), os negociadores dos dois países elaboraram uma agenda de trabalho com foco na integração produtiva e comercial equilibrada, que prevê o livre comércio de veículos a partir de 2020.
Pelo acordo, a relação entre o valor das importações e exportações de automóveis entre as partes deverá observar o coeficiente de desvio sobre as exportações flex não superior a 1,5 no período de cinco anos (01/07/2015 a 30/06/2020). A partir de 1º de julho de 2019, “se alcançadas as condições para o aprofundamento da integração produtiva e o desenvolvimento equilibrado de estruturas produtivas e de comércio”, o flex do comércio bilateral do setor automotivo será de 1,7, após prévio acordo entre as partes.
Depois de muita negociação, chegamos a um acordo por mais quatro anos que traz muita previsibilidade para o setor e que estabelece bases para o livre comércio automotivo a partir de 2020, uma grande vitória para a indústria nacional disse o ministro Marcos Pereira.
Ele destacou que o setor automotivo é preponderante para a economia, responsável por aproximadamente metade do fluxo comercial entre os dois países. Acrescentou que o acordo de longo prazo trará benefícios mútuos, ao conferir maior previsibilidade ao setor.