ELEIÇÕES 2024

Agronegócio sai fortalecido após resultados das eleições municipais pelo Brasil, avaliam analistas

Colheita de soja em Cascavel
Colheita de soja em Cascavel

Cascavel – O resultado das eleições municipais em todo o País serviu para fortalecer ainda mais um setor fundamental para a macroeconomia, o agronegócio. A avaliação é de especialistas, que analisaram o cenário dos pleitos, enfatizando que o novo perfil dos gestores municipais apresenta um crescente compromisso com o desenvolvimento rural e sustentável.

Consultor em agronegócio, Benedito Rosa afirma que o perfil dos prefeitos eleitos demonstra um compromisso latente com as questões do campo. “Muitos políticos estão conscientes de que, em seus municípios, o agronegócio é a principal fonte de receita. Portanto, essas eleições refletem uma compreensão maior da necessidade de desenvolver o setor de forma equilibrada, respeitando o meio ambiente e as pessoas que trabalham e geram renda para o país”, afirmou.

Na visão de Benedito Rosa, o avanço de partidos de centro e direita nas prefeituras molda uma nova dinâmica no segmento agropecuário. “Certamente, no futuro, esses prefeitos e deputados terão mais compromisso com um desenvolvimento que respeite tanto o meio ambiente quanto a sociedade”.

Mais presente

Na ótica do diretor-executivo da Action Relgov, João Henrique Hummel, as eleições mostram o agronegócio mais presente nas campanhas, principalmente nas médias e grandes cidades. Para ele, esse fortalecimento do centro e da direita nos governos municipais indica uma tendência favorável ao setor. “Com a direita e o centro se fortalecendo, os princípios que incentivam os investimentos na agropecuária ganham mais espaço. Isso inclui o respeito ao direito de propriedade, a liberdade econômica e a importância do agronegócio para o desenvolvimento das cidades”.

A nova configuração dos governos municipais tende a beneficiar ainda mais a bancada ruralista. “Com essa tendência política, a bancada do agronegócio ganhará mais força no processo legislativo, o que pode ser positivo para garantir políticas públicas que atendam às demandas do setor”.

O fortalecimento do agronegócio e do compromisso com a sustentabilidade nas prefeituras recém-eleitas pode influenciar diretamente a gestão municipal nos próximos anos, de acordo com os analistas. Com o agronegócio se tornando cada vez mais relevante nas campanhas e nas administrações municipais, os gestores locais tendem a adotar políticas que incentivem a produtividade, a liberdade econômica e a sustentabilidade ambiental.

A expectativa de que esses prefeitos e vereadores terão mais atenção ao equilíbrio entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental. “O agronegócio é a principal fonte de receita em muitos municípios. Agora, é hora de os administradores públicos se comprometerem com um modelo de gestão que respeite o meio ambiente e promova o bem-estar das comunidades locais”, finaliza Rosa.

Cidades do agronegócio

A maior parte das cidades do agronegócio não terá segundo turno, exceto algumas capitais, como Cuiabá, em Mato Grosso, e Goiânia, em Goiás. Entre as capitais que têm forte ligação com o agronegócio, Cuiabá terá segundo turno. Os candidatos Abílio Brunini (PL) e Lúdio (PT) vão disputar o segundo turno. A vice de Lúdio é Rafaela Fávaro, filha do ministro da agricultura, Carlos Fávaro.

Mato Grosso:

Alto Araguaia: Jacson Niedermeier (União) eleito com 73,55%

Barra do Garças: Dr. Adilson (União) eleito com 61,69%

Campo Novo do Parecis: Piaia (PL) eleito com 65,40%

Sorriso: Alei Fernandes (União) eleito com 51,33%

Sinop: Roberto Dorner (PL) eleito com 68,41%

Rondonópolis: Claudio Ferreira (PL) eleito com 45,47%

Juína: Paulo Veronese (União) eleito com 86,70%

Tangará da Serra: Vander Masson (União) eleito com 72,76%

Paraná:

Maringá: Silvio Barros (PP) eleito com 65,11%

Londrina: Tiago Amaral (PSD) eleito com 42,69%

Campo Mourão: Douglas Fabrício (Cidadania) eleito com 54,07%

Guarapuava: Denilson Baitala (PL) eleito com 37,37%

Cascavel: Renato Silva (PL) com 56,41% dos votos válidos

Ponta Grossa (PR): Mabel Canto (PSDB) e Elizabeth Schmidt (União) disputam o segundo turno

Rio Grande do Sul:

Não-me-Toque: Gilson dos Santos (PL) eleito com 80.95%

Santa Rosa: Mantei (PL) eleito com 70,71%

Carazinho: João Pedro (PSDB) eleito com 47,51%

Anta Gorda: Xico Frigjetto (Republicanos) eleito com 61,35%

Bento Gonçalves: Diogo Siqueira (PSDB) eleito com 65,88%

Ijuí: Andrei Cossetin (PP) eleito com 75,57%

Segundo turno:

Caixas do Sul: Scalco (PL) e Adiló (PSDB)

Pelotas: Marroni (PT) e Marciano Perondi (PL)

Santa Maria: Valdeci Oliveira (PT) e Rodrigo Decimo (PSDB)