RIO – Um acordo feito entre o governo e as empresas fornecedoras de alimentos evitou o fechamento de oito restaurantes populares que funcionam no Rio. De acordo com a secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, os donos das empresas assumiram o compromisso de não encerrar as atividades a partir da sexta-feira, como previsto, e acertaram um prazo de 10 dias para o governo viabilizar o pagamento da dívida. Crise – 30/06
“A situação é drástica, muito complexa. A nossa dívida beira os R$ 30 milhões: R$ 21 milhões que já estão na Secretaria de Fazenda à espera de recursos para pagamento. O fechamento desses restaurantes criaria, na vida das pessoas, um caos social muito grande. Falei com os proprietários da empresas e eles me deram 10 dias, assumiram o compromisso diante do meu pedido, confiaram na minha palavra. Agora espero que o governo agilize, para que a gente não crie esse contraponto a toda uma política que foi instalada por nós”, afirmou, em nota, o secretário Paulo Melo.
Melo, que teria interrompido as férias para lidar com a situação, a pedido de governador interino Francisco Dornelles, iniciou ainda uma conversa com a prefeitura de Duque de Caxias para municipalizar o restaurante que funciona na cidade, como já fez com o de Campos.
“O restaurante cidadão é um programa de governo que ganhou peso e a gente espera encontrar uma solução para que eles continuem de portas abertas. Também estamos procurando parceiros diante destas dificuldades. Passamos recentemente o restaurante de Campos para a prefeitura e já estamos nas tratativas para passar a unidade de Duque de Caxias para a prefeitura.”
O estado mantém 16 restaurantes populares, onde a refeição custa R$ 2. Seis empresas que fornecem a alimentação estão há 14 meses sem receber. A dívida total chega a R$ 120 milhões. O primeiro restaurante popular foi o da Central do Brasil, inaugurado em novembro de 2000. Ele serve 3.800 almoços e 1.400 cafés da manhã por dia.
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