Cascavel – Os “olheiros do trânsito”, que estão em 47 diferentes pontos da cidade e cuidam 24 horas do comportamento dos motoristas, estão desde 2022 nas vias de Cascavel e, mesmo assim, a quantidade de multas mensais seguem sendo uma preocupação da Transitar, visto que a intenção é que eles modifiquem o comportamento do condutor e, com o passar do tempo, também reduza a quantidade de multas, cumprindo com o seu objetivo.
No entanto, no mês de março, houve um aumento considerável das infrações em todas as modalidades, o que fará com que a Transitar reavalie os pontos dos radares eletrônicos com uma análise mais minuciosa. “Este mês de março trouxe uma preocupação, visto que a tendência é haver sempre uma queda e estabilizar, por isso, faremos uma análise técnica porque isso não é comum”, disse a presidente da Transitar, Simoni Soares.
Ela lembrou que esta análise é realizada uma ao ano, mas que os dados de março anteciparam esta avaliação. “Quando o local é escolhido é para que haja uma mudança de comportamento, mas em alguns deles não têm como retirar, por isso, vamos reavaliar todos os pontos e tomar outras medidas, analisando caso a caso e confrontando com os dados em cada um dos pontos”, disse a presidente.
Infrações
Segundo dados do relatório de multas, em março foram aplicadas 11.971 multas pelos radares, sendo 6.320 de velocidade acima da permitida, 3.877 de conversão à esquerda irregular, 1.628 de avanço de sinal vermelho e 146 por parar sobre a faixa de pedestres ou transitar na via exclusiva do transporte público. A quantidade é 30% maior se comparado ao mês de fevereiro que teve 9.184 multas. Este primeiro trimestre soma 30.858 infrações, visto que janeiro foram 9.703 multas.
Conforme Simoni, a conversão à esquerda apresentou queda, mas ainda mantém um número muito elevado, o que preocupa principalmente porque em alguns dias passam a circular os ônibus elétricos e caso haja um sinistro, o prejuízo com estes veículos será muito elevado. Além disso, a ideia é reavaliar também os radares que atuam de forma “educativa”, já que em alguns casos, com os motoristas sabendo a informação, desrespeitam as normas da via.
Neste caso, a autarquia pode fazer a alteração dessa questão educativa, para que não haja mais este tipo de situação, alterando os pontos. “Sabemos que existe um percentual de condutores que não respeitam e vão continuar assim. Outros, porém, não fazem isso e esse é o nosso público prioritário; continuaremos trabalhando para conscientizar na educação do trânsito”, salientou.