SÃO PAULO. A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira a Operação Lixo Tóxico, para combater os crimes de corrupção ativa, poluição ambiental, contrabando e associação criminosa.
Foram expedidos, pela 5ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, 20 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de condução coercitiva, além de mandados de intimação para prestar esclarecimentos. As penas máximas previstas variam de 3 a 12 anos de reclusão (prisão) para cada um dos crimes mencionados.
Segundo nota da PF, foi observada grande incidência de crimes contra o meio ambiente nesta região de fronteira brasileira: algumas empresas que atuam no ramo de comércio de baterias automotivas importavam, do Paraguai, baterias usadas. A prática é proibida por lei, em razão das substâncias tóxicas dos produtos. As empresas também armazenavam as sucatas em local impróprio e de forma incorreta. Mais de 10 mil baterias foram apreendidas, além de dinheiros em espécie e cheques.
?Tal conduta, conforme constatado por exame pericial, permitiu em alguns casos que vazamentos de ácido-sulfúrico e de chumbo, substâncias cancerígenas, penetrassem o solo, podendo isso levar à contaminação do lençol freático, rios e da água consumida pela população que reside nas vizinhanças destes locais?, diz a nota da PF.
Segundo a polícia, empresários chegaram a tentar subornar agentes públicos para driblar a fiscalização.