DUBAI/LONDRES – Em sua primeira emissão de dívida no exterior, a Arábia Saudita realizou uma captação recorde de US$ 17,5 bilhões em bônus a investidores internacionais.
A enorme demanda, maior do que o esperado pelo mercado, foi em parte devido às taxas de juros globais ultra-baixas e a frustração dos fundos com a falta de ativos de alto rendimento em todo o mundo. A venda também foi um sucesso para o exportador de petróleo porque ajuda a convencer os investidores de que pode lidar com uma era de preços baixos da commoditie e, finalmente, reduzir a sua dependência em relação ao petróleo.
O país alterou a orientação inicial de preços para os papéis. O bônus de 5 anos passou de 160 pontos base acima dos Treasuries norte-americanos a 140 pontos. O bônus de 10 anos foi de 185 a 170 pontos base. Já o bônus de 30 anos mudou de 235 pontos para 215 pontos base acima dos Treasuries dos EUA. Banqueiros esperam que, com a venda de bônus, a Arábia Saudita consiga impulsionar suas finanças, que foram prejudicadas pela queda da receita oriunda do petróleo.
Com a oferta, o país se junta a outros exportadores de petróleo da região do Golfo, como Catar, Bahrein e Omã, ao levantar fundos por meio dos mercados internacionais para eliminar enormes déficits orçamentários.