Cotidiano

Crivella vê semelhanças entre ele, Kalil e Doria

BRASÍLIA – Marcelo Crivella enxerga semelhanças entre ele e os novos prefeitos eleitos em São Paulo – João Doria (PSDB) – e Belo Horizonte – Alexandre Kalil (PHS). Para ele, os três representam preservação de valores tradicionais e suas vitórias são uma mensagem contra o aborto, as drogas e a ideologia de gênero nas escolas. Perguntado pelo GLOBO se via convergências entre eles, Crivella respondeu:

? Vejo sim. Vejo convergência nas nossas posições. Diria que é uma certa preservação dos valores tradicionais da civilização cristã ocidental que nós temos. Eles (seus opositores) insistem que é conservadorismo. E que esse conservadorismo tem uma ideia de intolerância, o que não ocorre ? disse Crivella, que continuou:

? Nós três somos bem democráticos na nossa maneira de ser e de agir. Mas acho que é uma mensagem, por exemplo, contra a legalização do aborto,contra a liberação das drogas ou a discussão de ideologia de gêneros nas escolas.

Crivella comentou o voto que recebeu de Helô Pinheiro, a garota de Ipanema na canção de Vinicius de Moraes e Tom Jobim. Disse que se sentiu honrado com o apoio e que ficou surpreso com a sua vitória sobre Freixo em Ipanema.

? Fiquei muito feliz, muito honrado. Ela foi muito gentil e foi até capa do jornal O GLOBO. Afinal de contas, foi uma surpresa a gente ganhar na Zona Sul, quer dizer, no epicentro da Zona Sul, que é Ipanema. Surpreendeu a todos.

Quando entrou no plenário do Senado pela primeira vez após sua vitória, no meio da tarde, o senador foi festejado e cumprimentado pelos opositores do PT e por parlamentares que votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Crivella fez questão de dar um forte abraço em Magno Malta (PR-ES), logo que o senador capixaba fez uma dura crítica as ocupações da escola e ataques aos petistas. Na sequência, prefeito eleito do Rio recebeu abraços do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), do líder do governo Temer no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), de Antônio Anastasia (PSDB-MG), de Raimundo Lira (PMDB-PB), que presidiu a comissão especial que aprovou a cassação do mandato de Dilma.