
Depois das acusações contra os filhos, Florencia e Máximo Kirchner, e sua irmã, Giselle Fernández, entre outros familiares, Cristina enfrenta uma investigação sobre a participação de sua mãe em negócios ilegais com o Correio Argentino através de uma associação civil. Segundo denunciou a deputada e ex-candidata presidencial, Elisa Carrió, a associação civil ?El Aldabón?, à qual pertence a mãe da presidente, foi contratada pelo Correio para distribuir cartas da Receita Federal da província de Buenos Aires, sem estar em condições de fornecer esse serviço.
? Os contratos eram milionários e irregulares. Os Kirchner administraram o Estado como se fossem donos dele ? declarou Hernán Reyes, secretário parlamentar do partido Coalizão Cívica, liderado por Carrió, encarregado de apresentar a denúncia aos tribunais portenhos.
A ação da deputada, uma das mais fortes aliadas do presidente Mauricio Macri, provocou a ira de Cristina. Em carta publicada no Facebook, a ex-presidente acusou seu sucessor de usar sua mãe para esconder ?as coisas que estão indo mal?.
?Macri, minha mãe tem 87 anos e faz mais de 50 anos vive com minha irmã no mesmo bairro, na mesma casa, seu único patrimônio… o que querem inventar? Você pretende convencer os argentinos de que o país está mal e eles estão pior por culpa de minha mãe? Não lhe parece muito? Pensei que comigo e minha filha era suficiente… Não, Macri. O problema da Argentina continua sendo o de sempre: vocês?.
A ex-presidente já foi indiciada pelo juiz Claudio Bonadio, por irregularidades em operações de venda de dólar futuro no Banco Central. A lista de denúncias contra a ex-chefe de Estado é longa e a mais complicada de todas é a de ter chefiado, junto com seu marido e antecessor, uma associação ilícita para favorecer empresários amigos em concessões de obras públicas.