CHARLESTON, EUA ? O júri que delibera sobre o assassinato do motorista negro Walter Scott, morto em 2015 com oito tiros nas costas pelo policial Michael Slager, não chegou a um consenso sobre punir o agente. O julgamento, que teve mais de 22 horas de deliberação, deverá ser refeito.
Slager era acusado de assassinato e homicídio voluntário. Apesar de um vídeo mostrar que ele foi morto desarmado e com vários tiros nas coisas, um dos jurados disse que não concordava com as acusações. O júri não conseguiu depois entrar em consenso.
Slager tinha duas reclamações registradas ao longo de sua carreira de cinco anos, inclusive por uso abusivo da força, de acordo com o Departamento de Polícia de North Charleston. Em um dos casos, em setembro de 2013, um homem alegou que Michael Slager usou a arma de eletrochoque sem motivo e o atirou no chão.
O policial foi submetido a treinamentos oferecidos pelo departamento de polícia sobre diversos temas de rotina, como primeiros socorros e uso de armas de fogo e de eletrochoque. Slager, inclusive, possuía certificações e bom desempenho em exames sobre ética e uso de armas não-letais.
O caso de Walter Scott se soma a outras mortes recentes de homens negros desarmados pela polícia, tema que divide o presidente Barack Obama e grupos que negam que existam padrões raciais na atuação das forças da lei.