Cotidiano

Em nota, Presidente do Senado diz que decisão do Supremo foi 'patriótica'

renanBRASÍLIA – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), classificou, em nota, de “patriótica” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a seu favor e que a recebe com “humildade”. Na nota, Renan diz que sua confiança no “Judiciário continua inabalada”. A nota é assinada pela Presidência do Senado apenas. Renan deixou o Senado no início da noite desta quarta-feira, depois de passar por um verdadeiro beija-mão de parlamentares, quando foi cumprimentado pela vitória no Judiciário. Na nota, o presidente do Senado diz que “o que passou, não volta mais” e disse que foi mantido o equilíbrio entre os Poderes.

Julgamento STF

O Supremo determinou por seis votos a três a permanência de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado. O colegiado, no entanto, decidiu que o senador será afastado da linha sucessória da Presidência da República e não poderá assumir o cargo em caso de vacância. A tese vencedora foi levada ao plenário pelo ministro Celso de Mello, como antecipou o colunista Jorge Bastos Moreno.

Durante o julgamento no STF, Renan despachou normalmente no gabinete da Presidência da Casa. Por volta das 14h30, ele chegou ao Senado, acompanhado do governador de Alagoas, Renan Filho, e do senador Jader Barbalho (PMDB-PA).

Renan recebeu representantes de centrais sindicais, a pedido do senador Paulo Paim (PT-RS). Após o encontro, Paim disse que considerou normal a realização do encontro e que a audiência foi pedida há dias. O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), também participou da reunião. Renan disse no encontro que era um momento “muito delicado”, na mesma linha de Viana. Ele fez promessas aos sindicalistas, de que não seria votado agora o projeto que trata da terceirização. Já os sindicalistas disseram que são contra a PEC do Teto.

Eis a íntegra da nota:

” É com humildade que o Senado Federal recebe e aplaude a patriótica
decisão do Supremo Tribunal Federal. A confiança na Justiça Brasileira
e na separação dos poderes continua inabalada.

O que passou não volta mais. Ultrapassamos, todos nós, Legislativo,
Executivo e Judiciário, outra etapa da democracia com equilíbrio,
responsabilidade e determinação para conquista de melhores dias para
sociedade brasileira”.