BRASÍLIA- Sob ataques de setores da base por causa das reformas, envolvimento de ministros do núcleo duro nas delações de executivos da Odebrecht e da falta de uma resposta à estagnação econômica e geração de empregos, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tenta pacificar os tucanos em almoço com líderes do partido no Congresso e a bancada do Senado, no gabinete do senador Tasso Jeiressatti (PSDB-CE). O secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto Almeida, também participa do almoço.
A repactuação em curso do apoio do PSDB com o governo de Michel Temer passa pela edição de um minipacote de estímulo a economia e ações na área social, para tirar o foco das duras medidas de ajuste fiscal. O detalhes do minipacote devem ser explicados por Meirelles no almoço com os tucanos.
O PSDB passa por um momento delicado na relação com o governo, depois que o Centrão vetou a nomeação do líder Antônio Imbassahy (BA) para a Secretaria de Governo.
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No final de semana o presidente Michel Temer ficou em Brasília e fez reuniões com Imbassahy , com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) e com o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira.
Segundo dirigentes tucanos, setores do PSDB paulista mais próximos ao governador Geraldo Alckmin acham que o espaço do PSDB no governo já está de bom tamanho, e que o partido já avançou demais no apoio, com três pastas no Governo. Os paulistas defendem que o PSDB deve ter identidade própria e se diferenciar de Temer e do PMDB. Já o entendimento de Aécio e do ministro das Relações Exteriores, José Serra é que, ao patrocinar o impeachment, o PSDB é o fiador da ? pinguelinha? e não tem como desembarcar na crise.
? Estamos algemados ao governo Temer. O ambiente já está propício para um outsider, um Trump dos trópicos. Se a pinguela ruir adeus viola ? diz um dos interlocutores do grupo de Aécio .
