SÃO PAULO. O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, autorizou a administradora da massa falida do banco Santos a distribuir R$ 150,4 milhões aos cerca de 2.23 credores quirografários (que não usufruem de regalias ou prioridades em relação a outros credores) da instituição. A autorização foi publicada na edição do Diário de Justiça de São Paulo desta quarta-feira, dia 15.
Trata-se do terceiro rateio de recursos recuperados da instituição a essa categoria de credores.
Com esse novo pagamento, esses credores terão recebido 41% do total de créditos que detinham quando o banco foi liquidado, em 12 de novembro de 2004, de acordo com informações divulgadas pela Administrador da Massa Falida, Vanio Aguiar..
Dos R$ 150,4 milhões que serão distribuídos agora, a maior parte, cerca de R$ 104 milhões, foi obtida nos leilões de obras de arte que pertenciam ao ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, controlador do Santos. Parte dessas obras foram recuperadas no exterior ou arrestadas de empresas offshores que provou-se eram de propriedade do dono do banco e seus parentes.
A maior parte dos recursos veio de leilões realizados no exterior, cerca de 93, milhões, e R$ 11 milhões de leilão realizado no final de novembro em São Paulo.
De acordo com a administração da massa falida do santos, outras 650 obras de arte que pertenciam a Cid Ferreira serão ofertadas em leilões já programados para o próximo ano, aqui e no exterior. Além dessas, há ainda outras 1.500 obras que estão custodiadas no Museu de Arte Moderna (MAC-USP), que ainda dependem de autorização judicial para também serem leiloadas.