Cotidiano

2017 será o ano do estancamento da queda da indústria, diz economista

INFOCHPDPICT000054827888RIO – Após três anos seguidos de queda na produção, o ano de 2017 deve ser de estancamento da queda da indústria, mas ainda não é possível falar em recuperação. A avaliação é do economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rafael Cagnin, que afirma que ainda há muitas incertezas, tanto no cenário internacional quanto no doméstico.

? 2016 foi o ano de moderação da queda da indústria, embora muito aquém do desejado. 2017 deve ser o ano do estancamento. A taxa deve ser positiva, mas não deve ser grande. Frente a três anos de perdas, teremos um flerte com a estabilidade, com boa chance de taxa positiva. Mas não dá para falar em recuperação, não é nada perto de anular a queda dos últimos anos ? diz Cagnin.

Ele classifica o último triênio como a crise mais grave da indústria, que foi uma combinação de ?um derretimento do mercado doméstico? com um ?um cenário externo extremamente adverso?.

Agora, o processo de redução das taxas de juros da economia deve ajudar nesta reação da indústria, que favorece o desempenho de setores ligados a bens de capital e bens de consumo duráveis.

? Há uma relação estreita entre o dinamismo do setor industrial e a evolução dos juros. Taxas mais baixas favorecem a venda de produtos industriais que exigem algum tipo de financiamento ? explica.

Mas ainda há incertezas, segundo ele, especialmente no mercado externo, com medidas do governo Donald Trump, que podem afetar o desempenho do comércio internacional.