Com o início do inverno e a queda das temperaturas, os cuidados contra o mosquito da dengue tendem a diminuir. Isso acontece porque ainda há o mito que no frio não há perigo. Porém, abra seus olhos e reforce os cuidados, porque o Aedes Aegypti é resistente. Inverno não é desculpa para dar trégua para o mosquito.
A Secretaria de Saúde de Cascavel, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental, Setor de Endemias, lembra que realmente com as baixas temperaturas o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela, circula menos. Porém, se os criadouros não forem eliminados, os ovos depositados podem permanecer intactos por meses, e quando a estação quente recomeçar, vão eclodir, dando origem a um novo ciclo do mosquito.O mosquito se prolifera com mais intensidade em estações mais quentes. Porém, são os cuidados de hoje, que ditam como estaremos no futuro.
A Secretaria de Saúde alerta que há casos de dengue e de outras arboviroses o ano inteiro, o que significa que o mosquito está presente em todas as estações. A Sesau lembra ainda que o inverno pode ser um aliado, uma vez que neste período há menos mosquitos em circulação e, com isso, é muito mais fácil combater os focos.
O ciclo de vida do mosquito compreende quatro fases –ovo, larva, pupa e adulto. Segundo os pesquisadores, no primeiro estágio que reside uma das principais razões de sucesso do inseto, isso porque o ovo do Aedes aegypti é extremamente resistente, podendo durar por mais de um ano, quando as condições são desfavoráveis (criadouro seco). Os ovos podem eclodir em minutos quando imersos em água. No entanto, a falta de água não representa a quebra desse ciclo de vida, uma vez que os ovos permanecem viáveis durante semanas, meses, podendo chegar a mais de 400 dias.
No período de frio o ciclo evolutivo do mosquito se torna mais lento. Por esse motivo que o momento ideal para planejar um verão sem arboviroses é durante o frio. Veja como:
Como se prevenir:
– Limpar o quintal, descartando o que não é utilizado;
– Tirar água dos pratos de plantas, encher com areia até a borda caso não seja possível eliminar;
– Manter garrafas vazias de cabeça para baixo até o descarte correto;
– Tampar tonéis, depósitos de água, caixas da água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
– Manter os quintais limpos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas;
– Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas da água) e mantê-los sempre limpos.
– Realizar manutenção periódica em ralos e vasos sanitários utilizados com menos frequência, mantendo esses locais tampados de forma que não de acesso ao mosquito;
– Terrenos com jardins, identificar a presença de plantas que podem acumular agua, como as bromélias, verificar ocos em árvores, nesses casos pode ser utilizado areia para encher esses locais;
– Recolher brinquedos que não estão sendo utilizados;
– Manter a limpeza e tratamento das piscinas em dia mesmo no frio;
– Verificar com frequência as calhas e platibandas;
– Verificar bandejas de ar-condicionado;
– Acondicionar corretamento os lixos para que tenham a destinação correta pelo órgão responsável;
– Terrenos baldios devem ter rotina de limpeza, mantendo livre de lixos e mato alto.
A saúde coletiva depende de esforço coletivo. Faça sua parte para conseguirmos evitar novas epidemias de doenças transmitidas pelo mosquito.
Crédito: Secom