SÃO PAULO – Centenas de manifestantes se reúnem na região da Avenida Paulista, região central de São Paulo, para protestar contra o governo do presidente Michel Temer. O ato, chamado de “O Grito dos Excluídos”, acontece há 22 anos no dia 7 de setembro, dia em que se comemora a Independência do Brasil. O clima é pacífico e a Polícia Militar acompanha a movimentação à distância. A expectativa é reunir 10 mil pessoas, segundo os organizadores.
Os manifestantes, que ficaram por cerca de 1h30 na praça Oswaldo Cruz, seguem em passeata em direção ao Monumento às Bandeiras, ao lado do Parque do Ibirapuera, Zona Sul.
O ato foi organizado pela Central de Movimentos Populares (CMP), mas também participam entidades que compõe a Frente Brasil Popular como a CUT e o MST. Eles carregam bandeiras de “Fora Temer” e “Nenhum Direito a Menos”, e pedindo Diretas já.
Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, pediu novas eleições: – Eles achavam que iam dar um golpe e ficar por isso mesmo, mas eles não têm o povo do lado deles. Querem tirar nossos direitos. Temos que ter novas eleições. Quem quer ser presidente da República que dispute a eleição.
Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, disse que ?o governo Michel Temer divulgava que, uma vez proclamado o impeachment, o país estaria pacificado?
– Mas vimos uma forte reação dos movimentos sociais e de uma parcela significativa da sociedade. A presidente Dilma não cometeu crime de responsabilidade. Eles sabem disso porque não tiveram coragem de caçar os direitos políticos dela – falou Bonfim.
Na Praça da Sé, região central, outro ato acontece em frente à Catedral da Sé, com uma missa.