“A bênção vem de cima e flui para baixo. Ela vem para nós a partir de alguém que está acima de nós. Primeiro, são os nossos pais” (Bert Hellinger).
O fluxo da bênção segue o mesmo curso do fluxo de um rio: sempre vai do mais alto ao mais baixo. A água do rio sempre corre da nascente para a foz, do lugar mais alto para o lugar mais baixo.
A bênção obedece à mesma regra: ela vem de quem está mais acima de nós e flui sobre nossa vida. Quando os pais abençoam os filhos fazem com que flua sobre eles a vida em sua plenitude.
Quando os filhos tomam a bênção dos pais, a vida deles se desenvolve até alcançar a plenitude. A imagem das águas do rio nos ajuda a visualizar este processo: em sua nascente, o rio começa pequeno e vai aumentando o volume de suas águas no percurso até chegar à plenitude quando se encontra com o oceano.
Tomar a bênção dos pais faz multiplicar em nós a vida. Porém…, algumas vezes nos defrontamos com filhos que não apenas se recusam a tomar a bênção dos pais como pretendem estar acima dos pais. Isso acontece quando os filhos imaginam que são eles que protegem os pais e devem administrar suas vidas.
Algumas vezes a inversão também acontece quando são os pais que exigem dos filhos que estes lhes retribuam o que deram a eles. Outras vezes os pais também querem que os filhos preencham as lacunas de suas vidas. Todas essas formas de inversão da relação entre pais e filhos impedem o fluxo da vida.
O fluxo correto acontece quando os pais dão e os filhos tomam exatamente do jeito que os pais são. Quando ocorre a inversão desse fluxo acontece a mesma coisa que aconteceria se um rio começasse a correr da foz para a nascente. Tão impossível como um rio correr para cima é pretender que o fluxo da vida vá dos filhos aos pais.
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JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar – whatsapp https://bit.ly/2FzW58R.