Cotidiano

Desassoreamento: Enfim, tubulação para ‘transporte’ da sujeira vai ser instalada

A instalação total deve demorar cerca de 20 dias e o início da dragagem está previsto para começar em janeiro

Desassoreamento: Enfim, tubulação para ‘transporte’ da sujeira vai ser instalada

Os tubos que serão utilizados para a dragagem, que é a retirada da sujeira do Lago Municipal de Cascavel, chegaram à cidade e começarão a ser instalados a partir da próxima semana, fazendo a ligação entre o principal cartão postal da cidade, que completou 38 anos no mês passado, até a área que receberá os sedimentos, no bairro Cascavel Velho, atrás da Escola Municipal Atílio Destro, na Rua Ângelo Sbardela. A instalação total deve demorar cerca de 20 dias e o início da dragagem está previsto para começar em janeiro do ano que vem.

Do anúncio do início das obras do desassoreamento até o começo efetivo, vão se passar pelo menos seis meses, já que a imprensa foi convocada para uma coletiva no começo de junho pela Sanepar, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a empresa que fará os serviços que, à época, anunciou que o prazo máximo era 15 de julho para o início dos trabalhos. Mas, um problema na liberação do terreno pelo IAT (Instituto Água e Terra) para depositar os sedimentos acabou travando o processo, além de longos períodos de chuva.
Do terreno até o Lago Municipal, são cerca de 3,5 mil metros de tubulação a serem construídos e organizados, para só depois, iniciar a dragagem. A Sanepar informou que o prazo da obra é para um ano e, efetivamente, ela começou em agosto, ou seja, tem até agosto de 2023 para terminar e que está ainda dentro do cronograma.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Nei Haveroth, que acompanha de perto os trabalhos, no mês passado foi realizada uma medição dos pontos passíveis de remoção de sedimentos, considerando a paisagem original do Lago. Durante os trabalhos, foi feita batimetria, que traz os pontos e os dados da profundidade, levando em consideração a profundidade original e toda a topografia existentes, a partes de cabeceiras mais rasas e as partes mais profundas.
Quando a obra for concluída, uma nova batimetria será realizada, ou seja, depois da retirada dos sedimentos. A remoção do lodo não será nivelada, ou seja, o fundo do lago ficará totalmente limpo. A retirada vai considerar pontos específicos e de resíduos acumulados não originais do reservatório. O trabalho de limpeza não vai aumentar o nível do lago, mas a capacidade de armazenamento de água, que terá mais 21 m³ de água para uma eventual necessidade de uso.
Sobre as obras
Serão retirados cerca de 21,5 mil metros cúbicos de sedimento, ou seja, material composto por lodo, areia, solos e cascalhos. Para conseguir tirar toda essa sujeira que fica principalmente nas entradas de água, é que esse grande esquema será montado com a condução de uma tubulação do lago até o terreno que pode receber o material para ser feita a recuperação da área degradada.
O serviço será feito pela a Construtora Hamirisi, da cidade de Piraquara, que venceu a licitação pelo valor de R$ 3,870 milhões para realizar a obra que tem prazo total de 12 meses para ser concluída, no lago que tem um total aproximado de 2 milhões de metros cúbicos de água. A proposta é que depois de pronta, o Lago fique limpo, assim como era no começo em que foi criado, no ano de 1980.
O Lago é o principal abastecedor da cidade, que além do Rio Cascavel, é abastecida ainda pelos rios Peroba, Saltinho e São José.
O Lago Municipal é um dos maiores reservatórios do país, dentro do perímetro urbano. Tem uma lâmina d’agua equivalente a 39 hectares de área e em níveis normais possui 4 bilhões de litros de água vindos das nascentes do Rio Cascavel.