Cascavel – Com a liberação do tráfego no Trevo Cataratas desde o último domingo (21), uma obra esperada há mais de três décadas por toda a Região Oeste, também um novo fluxo de veículos vem sendo observado nas vias no entorno do trevo que fazem parte da área urbana de Cascavel.
Desde o início da semana a Transitar, autarquia de trânsito de Cascavel, e a Sesop (Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas), trabalham para tentar minimizar efeitos em diversos pontos. Alguns tiveram soluções imediatas, porém alguns pontos serão alvo de novos estudos e investimentos.
Uma das principais constatações que está sendo feita com a liberação do novo trevo é o aumento do fluxo de veículos no Viaduto Olindo Periolo, que acabou concentrando tráfego mais intenso com a mudança do novo trânsito na região. Em alguns momentos, pequenas filas já estão se formando no local que se tornou uma das principais vias de acesso para moradores que residem na região.
Ricardo Salgueiro, chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da PRF (Polícia Rodoviária Federal), disse que um dos motivos é que depois que o viaduto ficou totalmente finalizado, muitos motoristas deixaram de utilizar o Trevo da Portal, e passaram a utilizar o viaduto, até por uma maior segurança de trafegabilidade, que não deixa de ser um ponto positivo. “Antes da liberação do fluxo das novas pistas já havíamos observado o fluxo maior, mas a partir de agora é nítido este aumento”, disse Salgueiro.
Segundo o policial, mesmo com poucos dias de liberação é possível analisar a diferença no trevo, que tem maior fluidez, principalmente nesta época de colheita da safrinha com um intenso fluxo de caminhões. “Com o fim do pedágio, motoristas que antes utilizavam vias estaduais para trafegar, acabaram voltando a trafegar pela BR-277 que tem uma estrutura melhor”, destacou.
Sobre a polêmica de fechar ou não o Trevo da Portal, Salgueiro disse que a decisão ainda não está tomada e continua sendo analisada por todos os órgãos de trânsito envolvidos no processo.
Mudanças viárias
A presidente da Transitar, Simoni Soares, salientou que o Viaduto Olindo Periolo passou a ser um ponto de atenção da autarquia, devido ao grande fluxo de veículos e que o possível fechamento do Trevo da Portal, pode trazer ainda mais problemas para o próprio viaduto. “Se fechar agora vai acabar que todos os veículos vão para o Olindo e a situação vai ficar ainda pior”, avaliou Simoni Soares.
Para a presidente da Transitar, o fluxo do novo trevo ficou muito bom e dentro do seu objetivo, que era de melhorar o fluxo rodoviário. Por outro lado, mesmo tendo estudos e já prevendo alguns problemas, agora é que o real comportamento do tráfego pode ser observado e, diante disso, trabalhadas as mudanças necessárias. “O que podemos já estamos fazendo a curto prazo. Temos tinta, placas e tachões e estamos mexendo para melhorar o trânsito nas vias urbanas”, disse.
Um dos problemas é que com a mudança do Trevo, o Bairro Cataratas não tem acesso direto à BR-277 e à região sul de Cascavel. Com isso, a Transitar e a Sesop fizeram a extensão da Rua Presidente Getúlio Vargas, no bairro Cataratas, para um novo acesso à BR-369. O fluxo já está liberado, com alguns detalhes ainda sendo concluído e, com isso, os moradores poderão acessar o trevo através da rodovia.
Além disso, já estão sendo estudadas melhorias para o Viaduto da Rocha Pombo, bem como estão em andamento as obras de extensão da Olindo Periollo que passará a ter duas vias, a partir da Avenida Rocha Pombo (sentido Zoológico), com um canteiro central. As obras iniciaram em julho e têm prazo de conclusão previsto para dezembro. “Algumas mudanças estavam sendo planejadas e estamos atuando. Mesmo assim, acreditamos que as principais mudanças ainda levarão pelo menos 60 dias para estarem prontas”, concluiu Simoni Soares.
Malha cicloviária
Outra melhoria que deve ser feita e já está em estudos é a ampliação da malha cicloviária ligando a Avenida Brasil à passarela de acesso do Bairro Cataratas. Ainda no Cataratas, a Rua Francisco Ignácio Fernandes, que até então estava sendo utilizada para o fluxo rodoviário, passará novamente a ter a utilização e sinalização de uma via de fluxo urbano, com mão dupla e estacionamento. Já a Rua Cirina Rodrigues dos Santos passa a ser marginal da BR-467.
A Rua Pampulhas, do trecho entre a Comil e a Guilherme Ludwig Cerioli, passa a ser mão única, com estacionamento do lado esquerdo. Ainda será retirado o estreitamento de pista da Guilherme Ludwig Cerioli para acesso à rotatória. Também foi feita uma faixa avançada no cruzamento da Rua Pampulha com a Guilherme Ludwig Ceriolli e um trecho de uma quadra mudou para mão única.