A Universidade Paranaense sediou mais uma edição do Programa Justiça no Bairro, do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Ação aconteceu na última semana (25 a 30 /4), com audiências de conciliação e resolução do conflito de forma imediata. Os serviços foram nas áreas cível, de família e registros públicos, além de expedição da Carteira de Identidade (RG) e o casamento coletivo, com o sim de mais de 140 casais.
À frente dos trabalhos esteve a desembargadora Joeci Camargo. A Universidade se fez parceira via curso de Direito e projeto Sajug (Serviço de Assistência Judiciária Gratuita). “Esse momento é como um renascer nas nossas atividades, trazer esperança, oportunidade, poder realizar sonhos, aquilo que as pessoas esperam, principalmente na área do judiciário – uma perícia, uma curatela. É a validação de direitos, e isso depende de um mecanismo, de impulsionar algumas ações, o que é possível por meio do Justiça no Bairro”, frisou.
A Dra. Joeci também enalteceu a grandiosa rede de trabalho, composta por alunos, professores, judiciário, médicos voluntários, equipe da polícia civil, prefeitura e do Sesc: “É uma irmandade voltada para um objetivo, onde instituições públicas e privadas se unem para traduzir ao povo o que eles tanto precisam”.
O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, prestigiou o evento, e destaca que ações pontuais contribuem para tirar a represa dos processos e voltar para o patamar aceitável: “As pessoas sabem que sairão daqui com seus problemas resolvidos”. E agradeceu: “A Unipar sempre nos recepciona e aos servidores do Estado, a equipe do judiciário. É um serviço legal, pois além de trazer cidadania, traz rapidez, pois o resultado acontece na hora, fazem o RG, as perícias. É um combo de serviços e todos dão dinamismo à vida das pessoas, podendo sair da espera e realizar. Esse grande evento já tem tradição e a instituição de ensino, além de preparar didaticamente, faz o serviço social, abrindo essa estrutura maravilhosa para atender à população de Cascavel e da região”.
Já o sentimento da população é de acolhimento. Com sua companheira há 11 anos, o senhor M fez o reconhecimento de paternidade da filha dela. “Essa oportunidade é muito válida. O processo iria demorar uns dois anos se fizéssemos fora daqui. Ela (a criança) só conhece eu como pai e esse documento fará muita diferença”.
A esposa, senhora M, ressalta que é um passo importante. “Passamos por situações chatas; ele precisava de procuração para buscar ela na escola. Ela foi crescendo e perguntando porque a certidão não tem o nome do pai, e também tendo acesso à internet, que ensina tantas coisas. Ele sempre cuidou dela, ela tem alguém por ela, um alfa para socorrer em qualquer desafio da vida. Agradeço a ele, pois isso é muito importante para mim e para ela”, disse.