Cascavel – O longo período de permanência e a baixa rotatividade nos boxes das cinco unidades da Ceasa (Central de Abastecimento do Paraná S. A.) em todo o Estado estão na mira da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Questões Fundiárias da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.
Segundo o presidente da comissão, o deputado Marcio Pauliki (PDT), chegou aos parlamentares uma série de denúncias relatando irregularidades na falta de oportunidades para muitos que desejam explorar o local, mas não têm conseguido.
Somente na unidade de Curitiba a fila é de mais de uma centena de nomes e parte deles originou a denúncia, que também traz informações acerca da Ceasa de Cascavel, onde a situação é muito parecida.
O espaço que deveria ser explorado com licitação é hoje ocupado, segundo a própria direção administrativa e financeira da Ceasa Paraná, em 70% dos casos por empresas que estão ali de forma irregular. A maioria delas têm apenas contratos e não foram licitadas. Isso significa que, das 700 empresas que exploram os boxes em cinco unidades, quase 500 estão totalmente em desacordo com a lei.
A informação foi confirmada pelo diretor administrativo e financeiro João Luiz Buso. Ele disse ao Jornal O Paraná que isso deverá mudar, já que a determinação do Ministério Público Estadual é para que todos os boxes sejam utilizados por empresas que participem de concorrência pública. Questionado se esse processo ocorrerá em 2018, uma vez que o último ocorreu em 2015, ele disse resumiu: “Pode ser que sim, mas ainda não existe essa confirmação”.
Buso acrescentou que não haverá restrição a quem já está na Ceasa, desde que atenda aos critérios da licitação.