A chegada do novo ano trouxe novas esperanças vinculadas com a luta contra a covid-19, principalmente com o começo da vacinação– ainda que com demoras- nos diversos estados do Brasil. Mesmo assim, o governo vai ter várias frentes abertas este ano vinculadas à pandemia.
Dentre os principais desafios econômicos para o 2021, os analistas destacaram a inflação pressionada, dívida pública crescente e incertezas políticas. Junto com eles, o desemprego alcançado na população brasileira é um dos maiores problemas a serem atendidos, levando em conta que a taxa de desempregados chegou a 14,6% no terceiro trimestre do ano passado, isto é a maior registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na série histórica iniciada em 2012.
Além dos incentivos precisados para melhorar as cifras de desemprego, tem mais um setor da população que continua a precisar de apoio e opções financeiras para fazer frente às dificuldades deste período extraordinário: trata-se dos chamados Microempreendedores Individuais (MEI). Atualmente, existem muitas opções de serviços financeiros para esta categoria com algumas vantagens em relação a outro tipo de empréstimos pessoais.
O MEI é uma categoria criada pelo governo federal há dez anos, orientada para aqueles empreendedores que têm um pequeno negócio ou são profissionais e conduzem a sua própria empresa. Para ingressar na categoria é preciso fazer parte de alguma das atividades reconhecidas pelo governo e apresentar certo rendimento fixo anual. Nesse caso, a pessoa física logra obter o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e assim aproveitar benefícios como aposentadoria e diversos financiamentos.
Créditos para MEI
A principal caraterística destas linhas de créditos são as taxas de juros baixas e o fato de que o requerente precisa acreditar que os recursos solicitados serão destinados à atividade realizada pela empresa: como capital de giro, compra de ferramentas de trabalho, insumos, pagamento de salários, etc.
Para estar inscrito como MEI com cadastro CNPJ, e assim ser habilitado a solicitar os diversos créditos, é preciso:
- acreditar a realização de atividade/ocupação das permitidas pelo regime;
- faturamento anual máximo de R$ 81 mil;
- não ter mais de um funcionário contratado;
- não fazer parte de sociedade, ou ser titular ou administrador de outra empresa;
- ficar atento a outras restrições como o fato de ser servidor público ou receber benefício previdenciário.
Fora disso, é importante saber que algumas linhas de crédito também são fornecidas para quem estiver negativado, mesmo que possam existir certas restrições.
Os financiamentos para MEIs estão disponíveis nos principais bancos do País: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Santander, Itaú, entre outros. As opções para microempreeendedores são:
- Capital de Giro: trata-se do dinheiro necessário para a empresa permanecer em funcionamento. As taxas de juros variam entre 1,5% e 2,5% mensal.
- Cartão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): o limite do cartão solicitado pode chegar a até R$1 milhão a ser pago em até 48 meses.
- Microcrédito: este tipo de empréstimo tenta promover o microempreendedorismo, portanto quanto menor for o empreendimento maior costuma ser o valor entregue. é preciso apresentar dados da evolução da empresa. O dinheiro emprestado pode ir de R$15 mil até R$300 mil, pagando num prazo de 60 a 120 dias.
- Empréstimo com garantia de imóvel: talvez seja o mais conveniente para o MEI por causa das baixas taxas de juros. O motivo é que o banco tem maior confiança em recuperar o valor emprestado já que, em caso de inadimplência, o imóvel comprometido é tomado pela instituição financeira. Os prazos de pagamento podem ir até 30 anos e é possível financiar até 60% do valor do bem.
CONTEÚDO PRODUZIDO PELA SD SAS