O ano letivo na rede estadual de ensino iniciou nesta segunda-feira (19) com problemas antigos. No Colégio Estadual Francisco Lima da Silva, que fica na região norte de Cascavel, 54 alunos estão matriculados para a turma do ensino técnico subsequente, que prepara o estudante com disciplinas específicas para ingressar no mercado de trabalho.
No ano passado, duas turmas do subsequente foram abertas, com total de 40 estudantes cada. O curso dura um ano e meio e em média 90% dos alunos saem do colégio com carteira assinada.
A diretora Silmar de Fátima Paschoali garante que este não é o único problema de superlotação. “É uma turma de adultos. Com eles, os professores conseguem trabalhar mais facilmente, numa boa. O que dificulta e nos assusta são aquelas turmas de 1º, 2º e 3º anos que tem entre 40 e 45 alunos e a gente não tem o que fazer”, lamenta.
Silmar lembra ainda que para tentar minimizar os prejuízos pedagógicos causados pela superlotação, três turmas de 7º anos foram desmembradas, cada uma delas com 40 alunos. “Eles são pequenos, precisam de atenção”, diz.
O NRE (Núcleo Regional de Educação) de Cascavel afirma que não há mais vagas disponíveis no colégio, que possui 1.189 estudantes matriculados para este ano, quase 7% a mais do que em 2017, ano concluído com 1.114 alunos. O Núcleo diz ainda, por meio de nota, que para àquela região ainda estão com matrículas abertas os colégios do Clarito, Itagiba e Consolata.
Sem solução
Em novembro de 2017, a Secretaria de Educação do Paraná respondeu requerimento do deputado estadual Marcio Pacheco, que solicitou uma previsão de obras de ampliação do Colégio Estadual Francisco Lima da Silva. No documento, a secretaria informou que “não há espaço adequado para ampliação de salas de aula no referido colégio”.
Questionada pela reportagem do Hoje News, a Seed não respondeu ao e-mail até o fechamento desta edição sobre a possibilidade de ampliação ou construção de novas unidades no município para 2018.
A diretora Silmar, no entanto, está otimista quanto à construção de novas salas de aula até julho deste ano. “Como direção, fizemos um pedido ao NRE, que é que faz esta ponte do colégio com a Seed, para que algumas providências fossem tomadas. Como ainda ninguém negou nada acreditamos que possam ser construídas salas por blocos, material que permite a conclusão da obra em um período mais curto de tempo”, explica.