Economia

Economia: Dólar sobe e volta ao patamar de maio

O ambiente favorável, no entanto, não se estendeu ao câmbio e o real teve mais um dia de desvalorização

Foto:Agência Brasil
Foto:Agência Brasil

São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, conseguiu se recuperar nessa segunda-feira (10) e encerrar com alta de 0,65%, aos 103.444.48 pontos, apoiada pela alta das ações de commodities e bancos, mas também atenta aos estímulos econômicos vindos dos Estados Unidos e o aumento das tensões com os chineses. O ambiente favorável, no entanto, não se estendeu ao câmbio e o real teve mais um dia de desvalorização. Com isso, o dólar fechou a R$ 5,4663, uma alta de 0,96%.

O real operou em baixa nessa segunda e permitiu ao dólar fechar no maior patamar desde maio, no dia que antecede a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central). Por aqui, o investidor segue atento à possibilidade de novos cortes da Selic, agora a 2% ao ano, além do desequilíbrio nas contas do governo com a crescente pressão por mais gastos. A esse cenário, também se soma o aumento das tensões entre as duas maiores potências do mundo.

Nas bolas, o petróleo, principal commodity energética, foi impulsionado pela declaração da maior petroleira do mundo, a Saudi Aramco, de que há sinais de recuperação da demanda. Além disso, também dão suporte às cotações os estímulos fiscais criados por decreto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após impasse entre republicanos e democratas no Congresso.

O setor bancário também ajudou o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, com Santander fechando em alta de 3,73%, Itaú com ganho de 1,30% e Banco do Brasil subindo 0,94%. Com os resultados de ontem, a Bolsa avança 0,52% em agosto e cede 10,55% no ano.

Tensão

Também há no radar certo temor com a escalada da tensão entre Estados Unidos e China – vale lembrar que, na semana passada, Trump deu mais um passo na sua meta de banir os aplicativos chineses TikTok e WeChat. Ontem, o governo chinês prendeu Jimmy Lai, editor do Apple Daily de Hong Kong, com base na lei de segurança nacional. O jornal é conhecido por ser anti-Pequim. O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, disse que a ação é uma ofensa à liberdade.