O Ministério da Educação (MEC) está criando um projeto específico para escolas de fronteira em conjunto com os países que limitam com o Brasil. De acordo com o ministro da Educação, Rossieli Soares, o objetivo do projeto é tornar as escolas mais atrativas nessas regiões e, com isso, evitar que os alunos deixem de frequentar as aulas.
Alguns dados do relatório preliminar do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf) revelam que os municípios fronteiriços que mais sofrem com a violência são os que apresentam a pior estrutura educacional e de saúde e menos oportunidades de emprego formais. Segundo o ministro, Rossieli Soares, a ideia é construir escolas que trabalhem nessa região a questão local de fronteira e sejam mais atrativas e significativas para o aluno. “Evasão é um problema nessas escolas. Não só nessas escolas específicas, mas em todas as escolas. A solução nem sempre será igual para todos os lugares; é preciso considerar o contexto local”, acrescentou o ministro.
Rossieli disse que, após reunião da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), que ocorreu em julho, na Bolívia, o MEC trabalha para a criação de um projeto específico para escolas de fronteira. O ensino médio terá destaque no projeto, cujo objetivo é envolver os países que fazem fronteira com o Brasil.
Segundo Soares, o Paraguai já manifestou interesse em participar do projeto. Os únicos países da América do Sul que não fazem fronteira com o Brasil são o Equador e o Chile.
Crédito: Agência Brasil