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Bicicletada Nacional chama sociedade para homenagear Julieta Hernández

Bicicletada Nacional chama sociedade para homenagear Julieta Hernández

Nessa semana, ciclistas e artistas de todo Brasil ocuparão as ruas em solidariedade à Julieta Hernández, palhaça, migrante e cicloviajante, para gritar contra a barbárie, o feminicídio, a violência e o extermínio que as mulheres e LGBT+ sofrem diariamente.

Em São Paulo, a concentração da Bicicletada por Julieta ocorrerá na próxima sexta-feira, 12 de janeiro. O ato reunirá cicloativistas e grupos de palhaçaria de toda a capital, no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, a partir das 18:30, e haverá manifestações artísticas, leituras de manifesto, poesias e definições coletivas quanto ao trajeto a ser feito pelo grupo.

Em Cascavel, acontece neste dia 12 de janeiro, a partir das 19h, com concentração em frente ao Marco Zero, pedalaço até a Catedral e ato unificado com homenagens e palco aberto em frente à Catedral às 20h.

O encontro é um ato político contra o feminicídio sofrido por Julieta, que teve sua vida interrompida enquanto pedalava de volta para sua terra natal, e em solidariedade aos amigos e familiares da artista.

Todas as pessoas são bem vindas, com ou sem bicicleta!

Biografia: Julieta Hernández tinha 38 anos, era venezuelana, palhaça, cicloviajante e bonequeira. Em sua terra natal, formou-se em veterinária, fez estudos na área do teatro e veio ao Brasil para estudar Teatro do Oprimido. Aqui, seguiu firme em suas pesquisas e experimentações artísticas, vivenciando cada vez mais a palhaçaria. Vivia no Brasil desde 2015 e em 2019 começou a viajar de bicicleta, se apresentando como palhaça ‘Miss Jujuba’ por cidades de mais de 9 estados brasileiros, do norte e nordeste. Nestas andanças, com seu Cuatro Venezuelano e muitos sonhos na bagagem, esteve em diversas pequenas comunidades pelos interiores do Brasil, participou de encontros e festivais autogestionados e compartilhava seus saberes de maneira voluntária por onde passava. Mesmo em projeto solo, participou de iniciativas coletivas como a Red de Payasas Venezolanas e os Palhaços Sem Fronteiras, no Brasil. Foi, e sempre será considerada uma das maiores referências de artista nômade e migrante da América Latina.

Mais de 70 cidades no Brasil e diversas partes do mundo estão unidas em apoio e solidariedade a Julieta, celebrando sua vida tão potente e elaborando a dor dessa perda precoce e brutal.