SAÚDE

Yasmin deverá ser internada hoje para receber medicação contra o câncer

A menina foi diagnosticada com neuroblastoma, um tipo de câncer extremamente agressivo; os remédios são importados

A menina foi diagnosticada com neuroblastoma, um tipo de câncer extremamente agressivo; os remédios são importados. Foto: Assessoria Uopeccan
A menina foi diagnosticada com neuroblastoma, um tipo de câncer extremamente agressivo; os remédios são importados. Foto: Assessoria Uopeccan

Na manhã desta quarta-feira (10), o hospital Uopeccan informou que se tudo ocorrer dentro do esperado, a pequena Yasmin Aparecida Campos, de 11 anos, será internada para começar os protocolos de aplicação da medicação Danyelza. A menina foi diagnosticada com neuroblastoma, um tipo de câncer extremamente agressivo.

Os remédios foram entregues na última quinta-feira (4), pelos representantes da Secretaria da Saúde do Paraná. A medicação, que já está condicionada na farmácia do hospital conforme os protocolos estabelecidos, foi muito aguardada por todos os envolvidos no caso, principalmente, a paciente Yasmin e sua família.

Aplicação da medicação

De acordo com a diretora de Serviços de Saúde da Uopeccan, Gladys Mari Rodrigues, o planejamento terapêutico já está montado.

“A previsão é que a primeira etapa da infusão seja nos dias 15, 17 e 19. Todo esse período ela estará internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), no qual já tem um leito reservado. A equipe multiprofissional já tem todos os protocolos alinhados conforme orientação do fabricante, além de terem recebido um curso preparatório para fazer o procedimento. Então, a sensação hoje é que a primeira etapa foi vencida e agora, vamos dar sequência e pedir a Deus que ocorra tudo bem e agradecer as pessoas envolvidas para que a Yasmin tivesse acesso a essa medicação tão desejada e merecida”, explicou a diretora.

Relembre o caso

Os medicamentos para o tratamento da doença são caros e importados da Índia. O caso ganhou repercussão nacional depois que a mãe procurou a justiça para conseguir adquirir os remédios. O Estado repassou R$ 2,4 milhões para a Justiça, e a Justiça repassou os valores para a empresa que ofereceu o menor preço para fazer a importação.

Contudo, mesmo com o pagamento os remédios necessários não foram entregues à família. A mãe, sem receber os medicamentos, procurou a Polícia Civil para denunciar o caso e descobrir para onde foi o dinheiro. A família recebeu apenas uma parte da medicação, porém era genérica. Os remédios não tinham o selo da Anvisa e lacre de segurança.

Diante disso, a Polícia iniciou uma investigação. A empresa responsável por importar os remédios foi investigada, bem como uma segunda empresa que também teria participado de forma extrajudicial do processo.

Os crimes apurados são: estelionato, organização criminosa, emissão de nota fiscal falsa e lavagem de capital. Ainda não há novas informações sobre o andamento da investigação.