A qualificação das filas de espera de cirurgias e exames especializados, iniciada em maio pela Central Estadual de Regulação Ambulatorial, resultou em uma redução de usuários na espera do SUS (Sistema Único de Saúde) para esses procedimentos. A ação, que segue em andamento até maio de 2025, consiste em reavaliação das necessidades, instituição de protocolos e guias de encaminhamento, desenvolvimento de estratégias para diminuir a fila, além de melhorar a comunicação com os usuários.
O objetivo da força-tarefa é reduzir o número de pacientes que aguardam em fila de espera e agilizar o acesso da população aos procedimentos. A ação desenvolvida pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) visa melhorar o fluxo e reduzir a espera para consultas, exames especializados e cirurgias eletivas. “Uma das missões que ficaram no período pós-pandêmico era dar transparência e, principalmente, um matriciamento para qualificar as nossas filas de espera”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.
A reavaliação consiste em verificar se o paciente está cadastrado em uma só fila, se o procedimento do cadastro já foi realizado, se o paciente já realizou algum outro procedimento que excluiu a necessidade do que estava prescrito, se o hospital indicado oferece todos os recursos necessários, dentre outros eventos que possam fornecer algum tipo de informação que evite um cadastro desatualizado.
Segundo dados oficiais da Care (Central de Acesso à Regulação) do Paraná, 91.307 pacientes possuíam indicação de cirurgia eletiva no Estado no começo de maio, quando o mapeamento foi iniciado. Com a qualificação, o número de pacientes que aguardam pelo procedimento há mais de um ano passou para 58.267. A diferença é porque eles realizaram as cirurgias nesse período ou tiveram seus registros reclassificados, com casos acumulados desde 2014.
Em relação aos pacientes que estão com atendimento em andamento, seja para realização de consultas ou exames, a atualização e realização de procedimentos como contatos telefônicos e até visitas pessoais nesse período levaram o número de 369.254 para 229.354, uma redução de quase 38%, dando mais fluidez à organização da fila.
Outra conquista é que nos últimos dois anos o tempo médio de espera entre a solicitação da cirurgia e a realização do procedimento de pacientes inseridos no Care baixou 38%. Em 2022, a média de tempo de espera era de 105 dias, e em 2023, os pacientes aguardaram em média 65 dias, pouco mais de dois meses.
Opera Paraná
Para atender à demanda de cirurgias eletivas reprimidas, reflexo da pandemia da Covid-19, a Sesa lançou o Programa Opera Paraná, uma estratégia permanente para a redução das filas. O programa ajudou a ampliar os procedimentos cirúrgicos eletivos regulares, de forma descentralizada e regionalizada. O investimento total inicialmente destinado foi de R$ 300 milhões do Tesouro do Estado. Ao todo, são 100 prestadores, entre rede própria e contratualizada, que compõem o programa, realizando 606 tipos de procedimentos.