NOVO PAC

Oeste tem promessa para construção de duas “novas estruturas de saúde”

Duas novas estruturas de saúde para Cascavel
Policlínicas: Cascavel tem promessa de um "Cisop maior". Foto Arquivo AEN

O Ministério da Saúde confirmou ontem (26) que vai investir R$ 60 milhões na construção de duas novas estruturas de saúde por meio de recursos do Novo PAC (Novo Programa de Aceleração do Crescimento), em Cascavel e Foz do Iguaçu. O governo está dando o nome de “Policlínica”, mas em Cascavel a estrutura será uma nova sede do Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná), que atualmente funciona com sede própria na Avenida Brasil.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel) a estrutura é regional, mas o Município já doou o terreno que vai funcionar na Rua Osvaldo Marcondes de Campo, 704, Bairro Cancelli. Mesmo a gestão sendo do Cisop, a Sesau vai acompanhar todos os passos desde a construção até a implantação dos serviços, que trarão mais qualidade de atendimento para os moradores da cidade, assim como de toda a região de abrangência do Cisop.

A equipe de reportagem do Jornal O Paraná conversou com o chefe da 10ª Regional de Saúde de Cascavel, Rubens Griep, que reforçou que o anúncio da verba foi feito há algum tempo e que no Paraná segue a estrutura do AME (Ambulatório Médico de Especialidade) que é o Cisop, um consórcio de especialidade. “Tivemos a deliberação dos secretários de saúde de uma área nova que vai possibilitar ampliar o atendimento especializado do consórcio, ou seja, o financiamento da estrutura é federal e a produção é custeada pelos municípios e pelo Estado”, descreveu.

O anúncio foi acompanhado em Brasília pelo o secretário de Estado da Saúde, César Neves, que salientou que as estruturas são bem-vindas e que se somam ao programa estadual dos ambulatórios médicos de especialidades espalhados em todo o Estado. “É uma das missões da Sesa que quer aproximar os serviços de saúde dos paranaenses”, disse Neves.

Novas estruturas

Os AME’S são compostos por equipe multiprofissional especializada, destinada a atender os usuários com condições complexas ou muito complexas, desenvolvendo suas quatro funções: assistencial, educacional, supervisional e de pesquisa. Ele é vinculado às equipes da Atenção Primária à Saúde dos municípios de uma região, disponibilizando atendimento por equipe multiprofissional especializada e por serviços de apoio e diagnóstico, nas linhas de cuidado e especialidades prioritárias do Estado.

Essas unidades ambulatoriais são gerenciadas pelos Consórcios Intermunicipais de Saúde, visando otimizar e potencializar os recursos estaduais e municipais, e fortalecer a Regionalização das ações de saúde.

A Sesa desenvolveu a identidade visual da unidade assistencial AME contendo as técnicas de aplicação da marca, sinalização predial externa e interna, sinalização da frota, uniformes, identificação pessoal e papelaria. Toda essa identificação deverá ser utilizada por todos os ambulatórios gerenciados pelos Consórcios Intermunicipais de Saúde com adesão ao Programa QualiCIS.

Em todo o estado, novas estruturas estão sendo edificadas e algumas devem estar prontas até o fim deste ano. Ao todo serão 14 ambulatórios em todas as regiões do Estado, que somam R$ 244,6 milhões em investimentos. As unidades são nos municípios de Ivaiporã, União da Vitória, Irati, Ponta Grossa, Cianorte, Cornélio Procópio, Paranaguá, São José dos Pinhais, Campo Mourão, Jacarezinho, Paranavaí e Almirante Tamandaré. Goioerê e Pitanga estão finalizando a parte burocrática do processo para início das obras.

No País

Em todo o país o investimento será de R$ 1,65 bilhão para 24 estados e 55 policlínicas, o que deve beneficiar cerca de 19 milhões de pessoas. Henrique Chaves, diretor de programa da Secretaria Executiva da Saúde esta é a primeira vez que policlínicas serão edificadas com recursos federais, com um investimento médio por unidade de aproximadamente R$ 30 milhões, incluindo obras, equipamentos e mobiliário.

Segundo Mirela Pessatti, arquiteta responsável pela planta, a proposta é que os espaços sejam um centro de integração que concentre todos os procedimentos em um único local, possibilitando que o paciente otimize seu tempo e alcance melhores resultados no tratamento. Os espaços foram projetados seguindo parâmetros de sustentabilidade como ventilação e iluminação natural no máximo de ambientes possíveis

Assim como as “ilhas” multiprofissionais localizadas nos núcleos de cuidado, terão ainda espaço específico para a tecnologia da informação, com a instalação dos racks de informática e sala dedicada à equipe da saúde digital. Com o novo projeto, as policlínicas se tornarão um centro integrado de cuidado e resolução que contemplará núcleos de atenção integral ao homem, mulher, crianças e outros públicos que requerem acompanhamento especial.  Espaços de reabilitação para pacientes com sequelas de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e doenças respiratórias também estão no projeto. 

Exames

Serão oferecidos ainda nas novas unidades a realização de exames gráficos e de imagem como ressonância magnética, tomografia e eletrocardiograma; consulta clínica de apoio ao diagnóstico com médicos de diversas especialidades como angiologia, cardiologia, oftalmologia e neurologia; e pequenos procedimentos como vasectomia, cauterização e biópsias em centro cirúrgico de baixa complexidade. 

Junto aos serviços baseados em núcleos de atenção integral à saúde, as unidades serão espaços de formação, qualificação e fixação dos profissionais de saúde. Também, a partir da tecnologia da informação e da regulação interna, serão pontos de apoio à inteligência sanitária nos territórios.