Auxílio emergencial
Informais e desempregados do oeste receberam R$ 555 milhões
Foz do Iguaçu – Mais de meio bilhão de reais foram transferidos a cerca de 300 mil informais e desempregados que moram na região oeste do Paraná. Conforme dados recém-atualizados da CGU (Controladoria-Geral da União), de abril a julho foram transferidos exatos R$ 555.851.400 para pessoas que moram nas cidades oestinas, em três parcelas de R$ 600 ou R$ 1.200 (mães solteiras).
O auxílio emergencial foi criado em abril para ajudar informais e desempregados que ficaram sem renda devido às medidas adotadas para tentar conter a epidemia do novo coronavírus, como quarentena e restrição de circulação. Beneficiários do Bolsa Família também foram incluídos no programa. A princípio, seriam pagas três parcelas de R$ 600 ou R$ 1.200 (mães solteiras), que começaram a ser pagas em abril, mas já foram autorizadas mais duas (agosto e setembro).
Em todos os 50 municípios que compõem a mesorregião houve beneficiários do auxílio. O maior valor foi pago a Foz do Iguaçu, R$ 150,116 milhões, a cerca de 83 mil pessoas, praticamente um terço da população do Município. A cidade foi a mais prejudicada na região com a paralisação do setor de turismo. De março a junho, período mais severo da pandemia, Foz teve 6 mil postos de trabalho formal fechados, o que representa 10,15% do total de trabalhadores que iniciaram o ano com a carteira assinada.
Com a maior população, Cascavel aparece em segundo em valor total repassado (R$ 106,229 milhões), a cerca de 59 mil pessoas, em torno de 18% da população, bem abaixo da média regional, que ficou em 23,5%.
Em termos proporcionais, a cidade que mais recebeu foi Lindoeste, onde 36% dos moradores conseguiram o auxílio, num total de R$ 3 milhões.
O menor repasse em valores foi para Iguatu, num total de R$ 1,016 milhão, o que equivale a cerca de 565 beneficiários. Já em termos proporcionais, o menor valor é o de Quatro Pontes, onde apenas 14% da população teve a ajuda.
Governo cogita estender benefício até dezembro
Integrantes do governo já cogitam a necessidade de ampliar o auxílio emergencial até dezembro deste ano, diante das incertezas em relação à duração dos efeitos da pandemia. Mas, segundo auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, o valor das parcelas adicionais teria de ser inferior aos atuais R$ 600, diante da falta de recursos no orçamento.
Uma das ideias do governo seria pagar mais três parcelas extras a essas pessoas no valor de R$ 200 cada, em outubro, novembro e dezembro. Esse é o valor médio do Bolsa Família.
Contudo, para reduzir o valor do auxílio será preciso aprovar a mudança no Congresso. O Executivo pode prorrogar por conta própria apenas se o valor de R$ 600 mensais for mantido.
Criado em abril, o benefício seria pago neste valor por três meses, gerando impacto nas contas públicas de R$ 151,5 bilhões. Mas, diante da persistência da crise e de pressões do Congresso, o governo ampliou o benefício por mais dois meses (agosto e setembro) a um custo adicional de R$ 51 bilhões. Com a extensão, o programa vai custar R$ 203 bilhões, segundo estimativas do Ministério da Economia.