Terminou às 5h desta segunda-feira a vigência do Decreto 7.506/2021, em vigor desde o início do mês e prorrogado na última sexta-feira. A expectativa é de que hoje ainda o governo edite novo decreto com medidas mais restritivas para conter o avanço da covid-19. Há três semanas é registrado aumento no número de infectados, o Estado alcançou o maior número de casos positivos (com capacidade de transmissão) e a fila de espera por internamento hospitalar voltou a crescer, indicando uma terceira onda.
A Secretaria de Estado da Saúde analisa o cenário epidemiológico e a capacidade de resposta da rede de atenção à saúde. A taxa de transmissão voltou a ficar acima de 1, o que indica crescimento do contágio, segundo o Boletim Epidemiológico do Paraná.
Na semana passada, o próprio governador Ratinho Junior antecipou a possibilidade de o governo endurecer as medidas de restrições, mas agora de forma regionalizada. No último fim de semana, os municípios que integram a 9ª Regional de Saúde, de Foz do Iguaçu, decretaram toque de recolher de sábado até a manhã desta segunda-feira, medida que deve se repetir no próximo fim de semana. A ação evitar a sobrecarga do sistema de saúde, que na última semana voltou a passar de 100%.
O decreto que vence hoje regula as atividades comerciais, como bares, restaurantes, shopping centers e comércio em geral, e o toque de recolher, com a proibição de circulação de pessoas e a venda e consumo de bebida alcóolica em espaços de uso público ou coletivo das 23h às 5h do dia seguinte.
Continuaram proibidas atividades que causem aglomerações, como casas de shows, circos, teatros e cinemas; eventos sociais e atividades correlatas em espaços fechados, como casas de festas, de eventos, incluídas aquelas com serviços de buffet; os estabelecimentos destinados a mostras comerciais, feiras, eventos técnicos, congressos e convenções; casas noturnas e correlatos; além de reuniões com aglomeração de pessoas, encontros familiares e corporativos.
Contra lockdown
A maior preocupação quanto a um novo decreto com medidas mais restritivas é do comércio, que teme nova quarentena restritiva, como aconteceu em março. Os shoppings de Curitiba lançaram uma campanha nas redes sociais contra o fechamento dos estabelecimentos em um novo lockdown ou bandeira vermelha na capital paranaense. A campanha é assinada por todos os shoppings da capital e traz três cards com as hashtags “#economia não pode parar”, “#comercio não pode fechar” e “#trabalho é essencial”.
A ACP (Associação Comercial do Paraná) também se posicionou sobre esse risco, também apelando para que não seja tomada a decisão de fechar tudo, como ocorreu na bandeira vermelha de março e abril.
A ACP insiste que uma saída seria a apresentada pela instituição, de escalonamento dos serviços e comércio, num rodízio de funcionamento.