Foz do Iguaçu voltou a registrar um aumento no número de casos da Covid-19. Em apenas três dias (03, 04 e 05 de janeiro), foram 360 casos confirmados e um óbito em consequência da doença.
Somente nesta quarta-feira (05) foram 192 casos, totalizando 46.143 casos da doença no município desde o início da pandemia. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, que acompanha de perto a situação epidemiológica desde o início da pandemia, a média móvel dos números diários de Covid aumentou 212,9% com relação a 14 dias atrás.
Apesar das taxas de ocupação de leitos hospitalares seguirem estáveis, o aumento preocupa as autoridades em saúde, já que o volume de pacientes pode provocar uma saturação no sistema de atendimento, tanto na rede municipal como na rede particular de saúde, que já informou aumento da demanda.
A situação também é crítica por conta dos casos de Influenza H3N2, já considerada de transmissão comunitária no Paraná. Foram registrados 13 casos de H3N2 em Foz do Iguaçu – todos precisaram de internamento. No Paraná, são mais de 260 casos da doença.
O enfermeiro e gerente da Vigilância Epidemiológica, Roberto Doldan, explica que os sintomas da Covid e da Influenza H3N2 são muito semelhantes, e em sua maioria provocam febre alta, tosse, dor de garganta, cabeça, corpo e articulações. “Esse aumento significativo nos casos de Covid é um reflexo das festas de final de ano, com maior movimentação de pessoas e a falta de cuidados, principalmente com relação ao uso de máscara. A nova variante Ômicron também tem contribuído para esse cenário, o que nos preocupa bastante”, descreveu.
Doldan reforça a importância de se manter os cuidados básicos para evitar novos casos das doenças e novas medidas restritivas no município. “O uso de máscara, o distanciamento social e a lavagem das mãos continuam sendo as principais medidas de prevenção contra a Covid e a Influenza”, afirma.
Protocolos
Ao iniciar os sintomas gripais, a orientação é buscar a Unidade Básica de Saúde mais próxima ou acionar o Plantão Coronavírus e agendar o exame PCR através dos telefones: 0800-6455655 ou 3521-1800 (ligação e chat).
Quando descartada a covid, o médico poderá fazer o diagnóstico clínico do paciente com influenza e receitar a medicação adequada. O isolamento para quem testar positivo para Covid é de dez dias; no caso da influenza, a recomendação é de afastamento por sete dias.
Vacinação
A vacinação tem contribuído para o não agravamento dos novos casos. Ela continua sendo a única forma segura de prevenção da doença. Por isso, aqueles que ainda não se vacinaram ou não completaram o esquema vacinal (com a segunda dose ou dose de reforço) devem buscar as unidades de saúde.
Mais de 19 mil pessoas estão com a segunda dose em atraso no município. As doses de reforço também estão com baixa procura, especialmente na faixa etária acima dos 60 anos.
“Estamos numa situação de início de pandemia, uma situação crítica por conta do volume de pessoas que pode precisar de atendimento médico e saturar o sistema. Esperamos que não haja agravamento dos casos devido a cobertura vacinal, mas só saberemos isso daqui 14 dias, período de incubação do vírus”, explicou Doldan.
Novas definições
Uma nova reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 está marcada para esta quinta-feira (06), às 14h, na Fundação Cultural, onde devem ser estabelecidos os fluxos de atendimento para pacientes com síndrome respiratória.
(Assessoria)