Saúde

Dengue: Novo boletim confirma 8.441 novos casos e mais sete óbitos

Dengue

Curitiba – O Informe Semanal da Dengue divulgado ontem (14) pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) registrou 8.441 novos casos e mais sete óbitos pela doença no Paraná. O período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado, soma 37.516 casos confirmados. As sete novas mortes aconteceram em Antonina, Mariluz, Arapongas, Paranavaí, Apucarana (2) e Londrina, entre os dias 11 e 27 de janeiro. São três mulheres e quatro homens, com idades entre 24 e 75 anos. Ao todo, o Paraná soma 15 óbitos pela doença.

O 23º Informe Epidemiológico publicado pela Vigilância Ambiental da Sesa também contabiliza 111.147 notificações, 26.397 casos em investigação e 42.397 descartados. As Regionais de Saúde com mais casos confirmados de dengue são a 16ª RS de Apucarana (9.331), 14ª RS de Paranavaí (3.379), 17ª RS de Londrina (3.353), 22ª RS de Ivaiporã (3.246) e 10ª RS de Cascavel (3.095). Já os municípios que apresentam mais confirmações são Apucarana (6.707), Londrina (2.718), Ivaiporã (1.841), Maringá (1.755), Paranavaí (1.583), Jandaia do Sul (1.207) e Santa Izabel do Oeste (1.117).

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, ressalta que o Estado tem se empenhado em diversas frentes para conter o avanço de casos, desde o envio de equipes especialistas aos municípios até a reativação do Comitê Estadual Intersetorial de Dengue. “No entanto, precisamos de união para vencer este combate. Muitas vezes, o foco do mosquito é encontrado em áreas domiciliares e a conscientização é indispensável para somar forças nessa luta”, avaliou.

CHIKUNGUNYA E ZIKA

O boletim ainda traz dados sobre a doença Chikungunya no Estado. Atualmente, o Paraná soma 57 casos confirmados, sendo 41 autóctones (quando a doença é contraída no município de residência). Há, ainda, 190 casos em investigação e 519 notificações.

Universidades estaduais têm papel importante no combate à dengue

As universidades estaduais do Paraná estão envolvidas em diversas ações de combate à dengue, por meio de pesquisas, projetos de extensão, campanhas e mutirões sanitários. O aumento de casos registrados em todo território nacional, no primeiro mês de 2024, é um indicador da necessidade de combate ao mosquito Aedes aegypti, que também pode transmitir a febre amarela, chikungunya e o zika vírus. Dados do Ministério da Saúde indicam que o número de casos de suspeita de dengue no Brasil registrados neste ano foi de 512 mil pessoas, quase quatro vezes maior do que no mesmo período de 2023.

O professor de virologia clínica, Dennis Armando Bertolini, responsável pelo Laboratório de Virologia Clínica do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina da UEM, destaca que “as universidades públicas paranaenses auxiliam o poder público na tomada de decisão com o treinamento das equipes de saúde, monitoramento espacial de casos e, em pesquisa, analisando casos graves, criando novas opções de controle do Aedes aegypti e desenvolvendo novos tratamentos e vacinas”.

Entre as várias iniciativas da UEM, UEL, USF, UENP e Unespar, por exemplo, está o trabalho dos pesquisadores do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) desenvolveram um software para monitoramento que auxilia no controle dos focos e oferece soluções para o controle e combate aos mosquitos transmissores da doença.

Campanha

O Governo do Paraná já lançou a nova campanha para alertar a população sobre prevenção da doença. “Paraná contra a dengue” reforça a importância de a população limpar seus quintais e outras áreas que possam acumular objetos com água parada. O site Paraná Contra Dengue reúne dados mais específicos, como boletins semanais com o registro da incidência de dengue, chikungunya e zika por município paranaense, além de orientações preventivas de combate, reconhecimento de sintomas e recomendações médicas.