Saúde

Coronavírus: Brasil quer que OMS decrete “pandemia”

Essa medida seria um reconhecimento de que a doença infecta, simultaneamente, pessoas ao redor do mundo, ou seja, não está restrita a uma região, e permitiria ampliar a lista de alerta de países para a doença

Coronavírus: Brasil quer que OMS decrete “pandemia”

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), cobrou nessa quarta-feira (26) que o avanço do novo coronavírus (Covid-2019) seja considerado uma pandemia pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Essa medida seria um reconhecimento de que a doença infecta, simultaneamente, pessoas ao redor do mundo, ou seja, não está restrita a uma região, e permitiria ampliar a lista de alerta de países para a doença.

A OMS considera a doença uma “emergência global”, colocando em alerta apenas países em que há transmissão interna “consistente” da doença, com mais de cinco infecções dentro do mesmo território.

Na segunda-feira (24), o Ministério da Saúde adicionou mais oito países na lista de alerta do novo coronavírus, incluindo os primeiros três da Europa: Itália, Alemanha, França. Além desses, entram no rol do governo federal Austrália, Filipinas, Malásia, Irã e Emirados Árabes.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou ontem que não se deve ter pressa de classificar o surto do novo coronavírus como uma pandemia, embora o número de casos da doença fora da China tenha aumentado significativamente nos últimos dias.

Segundo Tedros, a China relatou até agora 78.190 casos do coronavírus para a OMS, incluindo 2.718 mortes. Fora da China, há 2.790 casos em 37 países e 44 óbitos, acrescentou.

O 1º caso

O brasileiro de 61 anos infectado pelo novo coronavírus, primeiro caso confirmado da doença no Brasil, reuniu-se em uma confraternização com cerca de 30 parentes no domingo de Carnaval, um dia antes de procurar um hospital com os sintomas da doença. Todos os familiares estão sob monitoramento da vigilância sanitária, além de 16 passageiros que estavam nas fileiras próximas ao brasileiro infectado.

O paciente brasileiro está em isolamento domiciliar com a família. Ele deve voltar para a “vida normal” assim que deixar de apresentar os sintomas.