
Cascavel - A quantidade de casos de chikungunya cresce a cada semana assim como a preocupação dos órgãos de saúde que trabalham diariamente para combater a proliferação do mosquito, já que a cidade está em surto da doença desde dezembro do ano passado. O clima mais ameno, que chega com o outono, tem a tendência de reduzir o número de casos, já que com as temperaturas mais baixas o mosquito tende a circular menos, e dessa forma, menos pessoas acabam sendo infectadas.
Mesmo assim, o número de casos aumenta a cada semana e no boletim divulgado nesta segunda-feira (5), mais 207 casos de chikungunya foram confirmados, passando de 1346 para 1553 pacientes infectados desde o começo deste ano, no novo calendário epidemiológico. Casos de dengue também subiram passando de 112 para 114 casos confirmados, lembrando que a cidade está com risco médio da doença, com 2,9% de índice de infestação, apontado no último LiraA (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti).
No caso de chikungunya, a maioria dos casos continua concentrada na Região Norte da cidade. Pelo boletim divulgado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) são 318 casos no Interlagos, 254 no Brasmadeira, 179 no Periolo, 172 no Morumbi, 171 no Floresta 149 no Brasília e o restante espalhados em mais 27 bairros e até na zona rural da cidade.
Tratamento
Para a Sesau, é importante que quem tiver sintomas procure o quanto antes uma unidade de saúde para iniciar o tratamento contra a doença. A chikungunya é uma doença em que os sintomas são parecidos com a dengue, como febre, dor no corpo, dor de cabeça e vômitos, mas a diferença é que no caso desta doença, a dor articular é intensa, que pode se tornar crônica por um período longo, que pode trazer consequências graves à vítima da doença.
Plano de Contingência
Outra novidade é que o Conselho Municipal de Saúde publicou no Diário Oficial do Município um Plano de Contingência de Arboviroses. De acordo com o presidente do Conselho, Elton Munchen, foi atualizada a norma 75/2019, onde incluiu todos os profissionais da enfermagem também no trabalho de combate aos vetores, de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde e conforme a deliberação do próprio conselho.
“Tínhamos uma demanda do Ministério Público também e em conversa com o novo secretário e os membros do conselho decidimos atualizar esta portaria no nosso Município, para que os outros profissionais também possam estar atuando nos trabalhos caso haja uma nova epidemia. Alteramos os fluxos para melhor atender aos usuários do sistema de saúde”, descreveu.
No Paraná
O Estado do Paraná também continua tendo novas confirmações a cada semana. No último boletim divulgado pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) foram confirmados mais 5,8 mil casos da doença e sete óbitos. Com isso, o Estado tem ao todo 48.604 diagnósticos confirmados e 40 óbitos em decorrência da dengue no Estado.
Ao todo, 396 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 353 possuem casos confirmados. Os sete novos óbitos ocorreram entre janeiro e março, sendo cinco mulheres e dois homens com idades entre 33 e 81 anos. Os pacientes residiam em Alto Paraná, na 14ª Regional de Saúde de Paranavaí; Maringá, Ourizona e Paiçandu, na 15ª Regional de Saúde de Maringá; e Cambé, na 17ª Regional de Londrina.
As regionais com os maiores números de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª RS de Londrina (11.466); 14ª RS de Paranavaí (9.780); 15ª RS de Maringá (6.113); 19ª RS de Jacarezinho (3.342); e 12ª RS de Umuarama (3.177). Cascavel segue sendo a cidade com mais casos de Chikungunya confirmados, já que o Estado tem ao todos 2.361 casos confirmados.