Dias de chuva podem ser mais difíceis para uns do que para outros, especialmente se os problemas gerados pela água poderiam ser solucionados.
Em Santa Tereza do Oeste falhas de infraestrutura em algumas de suas vias, especialmente durante os períodos de chuva intensa, acabam ocasionando situações complicadas, ainda mais quando a demanda é antiga e moradores sofrem há anos com esse tipo de situação.
A Rua José Calazans, localizada no Bairro Malucelli, é um exemplo dessa precariedade, deixando moradores e motoristas em situações de risco e desconforto constantes. Cristiano da Silva, motorista e morador da rua, compartilhou a sua luta diária que é conviver com as condições adversas da via que é de terra.
“Faz uns dois anos mais ou menos que eu tô morando ali, e nesse tempo venho pedindo um apoio pra poder arrumar essa rua ou tentar fazer alguma coisa, porque toda vez que chove eu e os vizinhos ali passamos sufoco”, desabafa. Segundo o morador, quando chove, a água da chuva não tem escoamento adequado, transformando a rua em um verdadeiro lago, o que dificulta o trânsito de veículos e pedestres. E como a rua é de terra, a situação fica ainda pior.
Cristiano relata que o cenário é tão crítico que, em dias de chuva, a água chega a invadir as residências dos vizinhos. “O carro vai passar ali, entra água. As casas dos vizinhos é água por tudo. A minha só não tá entrando porque eu ergui a casa, mas ainda assim corre o risco de entrar pra dentro também se não parar de chover”, acrescenta.
Pedidos de ajuda
O morador menciona que já fez diversos pedidos de ajuda para a Prefeitura de Santa Tereza do Oeste, no entanto, nunca conseguiu resolver a questão. “Foi pedindo, brigado, insistindo. O vereador Marcelo Picoli também tentou me ajudar, ele é o único dali que tenta. Fizeram um quebra-molas, só que acumula água e fica parecendo um lago”, explica.
Segundo ele, a prefeitura informou que o problema deve ser resolvido pelo proprietário de uma fazenda. “A gente pede pra eles, o Marcelo Picoli também pediu e eles [prefeitura] disseram que não podem fazer nada, porque eles não têm o que fazer. Mas, tipo assim, nem sequer vêm ali tentar conversar com a gente, ver o que pode ser feito”, lamenta Cristiano.
“Eles acusam que a fazenda que tem ali é deles esse pedaço de terra ali, mas quando foi feito a casa, foi feito o projeto, eles fizeram a liberação, tudo, e ninguém colocou isso aí em pauta. Essa rota ali já faz muitos anos e eu tenho certeza que a fazenda não ia achar ruim deles arrumar aquele pedacinho, porque ali não tem o que fazer mais, é um pedaço pequeno”, argumenta.
Riscos
Cristiano destaca os riscos para os moradores, especialmente para aqueles com crianças, que precisam atravessar a rua alagada para ir à escola ou realizar outras atividades. “Quando chove não tem como chegar a pé, é muita água. Eu não tenho criança, mas normalmente ali pra poder sair tem que vir de carro e aí é arriscado”, conclui.
Segundo Cristiano, a água fica parada na rua por semanas, dependendo do clima. “Tinha que fazer uma saída pra essa água, uma boca de lobo ou uma valeta no lado ali que ela possa entrar e essa água ser escoada para outro lugar.”