Em cerimônia realizada ontem (20), Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez, em um momento de intensas expectativas globais. O republicano sucede Joe Biden, a quem derrotou na última eleição presidencial. O discurso de posse foi realizado na Rotunda do Capitólio.
A jornada de Trump de volta à Casa Branca não foi tranquila. Durante a campanha, sofreu uma tentativa de assassinato em um comício na Pensilvânia, quando foi atingido de raspão por um disparo. Ainda assim, manteve seu tom provocativo e assertivo, prometendo mudanças radicais em políticas internas e externas.
Suas declarações recentes sobre assumir o controle da Groenlândia e do Canal do Panamá geraram críticas. Já no plano doméstico, o novo governo promete vigilância às políticas migratórias. Operações em cidades como Chicago, Nova York e Miami foram planejadas para conter a imigração ilegal.
Compromissos
Em seu discurso de posse, Trump reafirmou compromissos que pautarão seu segundo mandato. Destacou a imigração, a energia e a economia como pilares de sua administração.
Quanto à imigração, Trump declarou emergência nacional na fronteira com o México e anunciou medidas rigorosas para conter a imigração ilegal. Prometeu o retorno da política “permaneça no México” e a deportação de milhões de imigrantes. Além disso, designou cartéis como organizações terroristas e reforçou o uso da lei federal contra redes criminosas.
No campo da energia, Trump decretou emergência energética nacional para expandir a produção de petróleo e gás, revogando medidas ambientalistas. Sua promessa é reduzir preços, reabastecer as reservas estratégicas e transformar os Estados Unidos em um exportador global de energia. Quanto à indústria automotiva, o presidente criticou o New Deal Verde e eliminou mandatos relacionados a veículos elétricos, argumentando que essas medidas prejudicavam a indústria automotiva americana.
Na área econômica, Trump anunciou a criação de um “serviço de receita externa” para tributar produtos estrangeiros e enriquecer os cofres nacionais. Defendeu o fortalecimento do “sonho americano” e prometeu um governo mais eficiente com a criação de um Departamento de Eficiência Governamental.
O tom do discurso e as medidas iniciais já indicaram o tom do segundo mandato de Trump. As mudanças prometidas, especialmente nas áreas de imigração e energia, devem intensificar debates dentro e fora do país.