Produtos que foram retiradas notas, foram pagos, mas nunca recebidos pelo poder público. Toldos, grades e vidros que sequer chegaram às escolas municipais de Cascavel. São os itens que estão detalhados na denúncia que será levada hoje ao Ministério Público. A entrega das mais de três mil páginas de documentação será feita na 7ª Promotoria Pública.
As irregularidades foram constatadas na gestão 2013 a 2016, época em que Edgar Bueno era prefeito de Cascavel. “Além dos produtos não recebidos, analisamos notas em que os produtos foram colocados, mas estavam fora dos padrões que deveriam estar. Ou seja, foi contratada uma coisa e recebida outra”, afirma o vereador Celso Dal Molin, que conduziu a investigação, assinada também pelos vereadores Paulo Porto, Policial Madril e Carlinhos Oliveira.
Celso ressalta também os casos de assinaturas falsificadas de professores. “Tivemos professoras que inclusive registraram boletim de ocorrência porque as assinaturas de recebimento foram falsificadas. São várias irregularidades”, lamenta.
E não só nas escolas havia irregularidades como também na própria Secretaria de Educação. “Na própria Semed foram 12 notas de produtos comprados, pagos, mas que não estão lá, não foram colocados”.
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Para o vereador, faltou fiscalização. “E também organização. O secretário da época deixou a coisa correr como queria e o gestor também, que é o maior responsável por toda essa situação”, reforça.
Mais investigações
“Estamos analisando uma documentação recebida a respeito da merenda, da frota da educação e do contrato da prefeitura com a Sanepar. Recebemos documentos, analisamos, mas necessitamos de mais uma série de documentos. Quero finalizar a investigação até o fim do ano”, completa Celso.
